Ralph Fiennes lidera eleição papal cheia de intrigas, tapas invisíveis e reviravolta de explodir batina em Conclave
Se você acha que eleição de Papa é só fumaça branca e cantoria em latim, prepare-se para mudar de ideia. Conclave, suspense político com um pé no altar e outro na lavação de roupa suja, transforma o Vaticano num tabuleiro de xadrez onde ninguém é santo — literalmente. Com Ralph Fiennes no comando, o filme entrega tensão, fofoca de sacristia e uma reviravolta final que vai fazer você gritar “plot twist papal!” no sofá.
️ Sobre o que é Conclave?
Imagine O Código Da Vinci sem os templários e com muito mais burocracia. Conclave nos joga direto no olho do furacão vaticano: após a morte do Papa, os cardeais se trancam na Capela Sistina para escolher o novo líder da Igreja Católica. Só que entre a fumaça preta e a branca, o que sobe mesmo é o nível da tensão. Com diálogos que estalam feito chicote de freira brava e uma direção que faz até reunião parecer cena de ação, o filme mistura política, fé, escândalo e egos inflados numa panela de pressão divina.
Para quem é?
Se você curte dramas políticos cheios de tensão moral tipo O Jogo da Imitação, ou thrillers claustrofóbicos à la 12 Homens e uma Sentença, Conclave vai te fisgar. Agora, se sua praia é ação frenética, explosões e heróis de cueca por cima da calça… bem, talvez seja hora de mudar de paróquia.
Quem está no elenco?
Ralph Fiennes está impagável como o Cardeal Lawrence, uma espécie de Sherlock Holmes com batina, que só queria descansar e acabou liderando o maior B.O. do Vaticano desde o Da Vinci Code. Stanley Tucci é o liberal que assusta os conservadores (e talvez os liberais também), John Lithgow vive o político maquiavélico com um sorriso santo e intenções nem tanto, e Isabella Rossellini rouba a cena como uma freira que vê tudo, ouve tudo e julga em silêncio. Tem ainda Lucian Msamati e Sergio Castellitto representando os extremos de uma Igreja em crise: diversidade com segredos, e tradição com veneno.
Onde assistir Conclave?
Disponível no Amazon Prime.
Veredicto: Conclave é bom?
Sim. E bom no estilo “me segura que eu vou maratonar de novo”. Conclave é um daqueles filmes que começam com passos solenes e terminam com a plateia boquiaberta. É como entrar num confessionário e descobrir que o padre é roteirista da HBO. Tem aquele climão de conspiração elegante, cenas de gente sussurrando coisas cabeludas em salas douradas, e um final que poderia facilmente virar manchete: “Papa revela segredo que choca até o capelão!”
A fotografia é um espetáculo à parte: cardeais desfilando como se estivessem num desfile de alta-costura teológica, suíços armados feito guarda do filme do Wes Anderson, e a Capela Sistina transformada em campo de batalha moral.
No fim das contas, Conclave faz você pensar sobre fé, poder e a capacidade infinita do ser humano de ferrar tudo — com ou sem ajuda divina. Vale cada minuto.

