Review: Outcast s01e03 – “All Alone Now”

Meu maior medo em relação a Outcast era que a série virasse um tipo de CSI da vida com cada episódio contando uma história diferente. Detesto séries assim. Não por serem ruins, como algumas de fato são, mas por não conseguir me identificar. Quero o conflito desenvolvido, o personagem alcançando algum objetivo.

Em “All Alone Now” ficamos no meio do caminho entre uma história independente e o prosseguimento de tudo que estamos acompanhando através da jornada de Kyle Barnes e o reverendo Anderson. A dupla é convidada para investigar um caso de um homem possuído e que matou a esposa do seu melhor amigo. Ao mesmo tempo, a ruiva linda-sensacional-que-ainda-não-sabe-que-eu-a-amo Megan demonstra ter um segredo sobre um novo personagem.

A introdução coloca em cena dois casais jogando boliche. Um dos homens está num encontro com uma amiga do outro casal, mas começa a passar mal e vai pra casa. O marido deixa a esposa com o amigo e sai para comprar remédio. Quando ele volta, sua esposa foi virada ao avesso literalmente por algo que possuiu seu amigo.

O reverendo Anderson chega a questionar a possessão e diz que às vezes, algumas almas não precisam do demônio para cometerem ações bárbaras. Tudo isso porque seus métodos tradicionais de exorcismo fracassaram. Kyle, no entanto, insiste em tentar descobrir a verdade. Acontece que, como os próprios personagens falam em determinada cena, os demônios podem aparecer de maneiras diferentes, assim como necessitam de métodos de exorcismo diferentes para livrarem os corpos de suas vítimas.

Curioso observar novos tipos de demônios na série e mais do poder de Kyle. Pelo que entendi – ainda não tive tempo de pesquisar a HQ – é o sangue dele que torna a vida dos demônios em um tipo de “paraíso”. Ainda não foi explicado exatamente o motivo de Kyle ter esse poder e qual a sua função real, já que o velho de preto continua por perto, inclusive fazendo o pobre vizinho do herói como uma de suas vítimas. Esses detalhes tornam a série atraente para o futuro. Além disso, o conflito secundário envolvendo os coadjuvantes não são chatos. Megan é uma personagem interessante, assim como o seu marido de ossos grandes – se South Park ganhasse um live action com os moleques adultos, eu apostaria nesse cara para viver o Eric Cartman.

“All Alone Now” não supera os dois primeiros e fica no meio do caminho. Já vi isso acontecendo antes com séries como Scream Queens. Pilotos empolgantes e o restante mais fraco. Claro que a qualidade inferior não significa diretamente que o terceiro episódio foi ruim. Muito pelo contrário, mas eu gosto de trabalhar com nível de qualidade alto e “All Alone Now” me deixou na mão.