Review: Demolidor s02e03 – “New York’s Finest”

Demolidor New York's Finest

A segunda temporada continua em frente mantendo a qualidade do produto lançado pela Netflix e Marvel no ano passado, mas não oferece muitas inovações. Certamente temos um personagem tão interessante e profundo quanto o próprio Demolidor e os conflitos envolvendo os coadjuvantes são mais desenvolvidos, mas a impressão é que ainda está faltando alguma coisa.

Em “New York’s Finest”, Demolidor e Justiceiro tem uma discussão moral no alto de um telhado enquanto Karen inicia suas próprias investigações para entender quem é Frank Castle, e Foggy busca a ajuda da médica Claire para tentar encontrar o seu amigo.

Foggy é de câncer, né? Se na introdução do episódio anterior nos cativou com a sua preocupação e amor com Matthew, desta vez se revela como um maníaco com excesso de cuidados e que teme pelo pior o tempo inteiro. Esse lado de Foggy é legal e acrescenta muito para o universo sombrio de Demolidor, mas vamos ser sinceros? Espero que o personagem seja mais do que a mãe de Murdock e tenha seu próprio arco, além de ganhar falas de efeito em suas cenas.

O embate moral de Castle e Murdock ganha novos contornos com diversas trocas de acusações. Para o Justiceiro, o Demolidor é o cara que faz o serviço pela metade. “Você dá porrada nos vagabundos e uma semana depois eles estão de volta às ruas. Eu atiro e mantenho eles no chão.” Murdock tenta fazer o contraponto dizendo que não cabe à eles julgar se alguém merece morrer ou não. A discussão é muito boa e chega num ótimo momento da nossa sociedade. Estamos divididos entre fazer o certo ou o que é necessário, e a segunda temporada de Demolidor faz ótimos paralelos com isso até o momento.

Os produtores da série decidiram fazer uma auto-referência com um novo plano sequência elaborado com cenas de luta do herói. Desta vez a ação não se resume a um corredor, mas a câmera acompanha o Demolidor descendo as escadas e lutando contra um grupo imenso de oponentes sem nenhum corte. Momento de encher os olhos do telespectador, mas que não apresenta nenhuma novidade para se tornar especial como na temporada passada.

O encerramento com a radiografia de Castle serve para nos dizer: “Hey, não é que ele é meio louco mesmo?”