365 Filmes em um Ano #79- Capitão América: Soldado Invernal

Capitão América: Soldado Invernal é o papo da vez no 365 Filmes em um Ano.

TIRARAM O CAPITÃO AMÉRICA DA GELADEIRA de vez. Não faz muito tempo que Steve Rogers, aquele menino franzino que decidiu lutar na guerra e acabou se tornando um supersoldado, era uma espécie de herói série B. Um pouco esquecido no mundo pop dos personagens Marvel no cinema, ele ressurgiu em O Primeiro Vingador, lançado em 2011 dividindo opiniões, ganhou terreno no ano seguinte em Os Vingadores e conquistou uma sequência improvável com O Soldado Invernal: um filme bem executado, com um certeiro timing de ação e comédia e – quem diria – um dos melhores filmes da franquia nos últimos tempos.

É um verdadeiro feito, considerando que a Marvel tem um casting de peso e já muito popular antes da chegada do Capitão às telas. O que poderia significar pressão se tornou um ótimo uso do know-how do estúdio, hoje sob o comando da Disney. Unindo um esmero técnico e um roteiro sagaz, a sequência da primeira aventura de Rogers é um pouco mais sombria. A trilha sonora cria momentos de verdadeira tensão e cenas de ação bem feitas, com direito a perseguições de carro e coreografias de lutas de tirar o fôlego. Chris Evans teve de treinar MMA para sua atuação, pois as técnicas de luta que ele utilizou no filme são uma mistura de parkour, jiu-jitsu brasileiro, karatê e boxe. Os cineastas acreditaram que trazer Steve Rogers para os dias atuais também significava que ele teria estudado e dominado os estilos e técnicas de lutas modernas. O resultado foram cenas que lembraram algumas das melhores sequências de A Identidade Bourne, até hoje uma referência no gênero.

Após os cataclísmicos eventos em Nova York com Os Vingadores, o novo filme o encontra vivendo tranquilamente em Washington, DC e tentando se ajustar ao mundo moderno. Mas quando um colega da S.H.I.E.L.D. é atacado, Steve se vê preso em uma rede de intrigas que ameaça colocar o mundo em risco. É o tipo de coisa que daria em alguém do outro lado da tela uma baita crise de ansiedade (a là Homem de Ferro 3), e se Chris Evans conseguiu aproveitar bem os momentos de heroísmo do protagonista, também deixou transparecer as dúvidas e incertezas de alguém que já não sabe mais qual seu papel no mundo e em quem confiar.

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