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Review Meu Ano em Oxford: Adaptação de Julia Whelan faz sucesso na Netflix

Meu Ano em Oxford (Iain Morris, 2025), um dos lançamentos mais recentes da Netflix, aposta na fórmula segura da comédia romântica. Estrelado por Sofia Carson, Corey Mylchreest e Dougray Scott, o longa adapta o best-seller homônimo de Julia Whelan, inserindo-se no movimento atual de resgatar narrativas românticas literárias para o audiovisual.

A trama acompanha Anna De La Vega (Sofia Carson), uma jovem americana que realiza o sonho de cursar mestrado na Universidade de Oxford antes de iniciar sua carreira profissional em Nova York. Lá, ela acaba envolvida em um romance inesperado com seu professor de literatura, Jamie Davenport (Corey Mylchreest). O vínculo, inicialmente casual, se intensifica até se tornar um relacionamento atravessado por segredos pessoais e dilemas éticos, típicos desse subgênero cinematográfico que mistura desejo, descoberta e barreiras sociais.

O filme trabalha com características muito presentes em comédias românticas: o cenário pitoresco e idealizado (o campus de Oxford como metáfora do sonho acadêmico e romântico), os diálogos carregados de tensão afetiva, a progressão narrativa pontuada por obstáculos previsíveis e a “reviravolta” que ameaça a união dos protagonistas. A presença de Sofia Carson, conhecida também pelo seu carisma musical, imprime leveza e apelo pop à produção, enquanto Corey Mylchreest representa a importante presença de um galã britânico, próprio também da tradição literária adaptada ao cinema.

Apesar desses pontos positivos e da química inegável entre o casal protagonista, o filme pouco inova dentro do gênero. Sua maior virtude está em cumprir exatamente a função esperada: oferecer ao espectador uma narrativa envolvente e esteticamente agradável, com uma pitada de imprevisibilidade suficiente para manter o interesse até o desfecho. É mais uma peça dentro do mosaico de títulos da Netflix que exploram o potencial comercial das histórias de amor ambientadas em cenários icônicos, sem reinventar os limites da comédia romântica contemporânea.