O quarto episódio de Pluribus traz bem mais novidades do que o anterior e aprofunda tanto o universo quanto a psicologia de Carol. A abertura apresenta o paraguaio Manousos, um imune isolado em um self‑storage, vivendo quase em confinamento total, o que remete diretamente à memória recente de quem ficou trancado em casa com medo de um vírus – aqui, um vírus alienígena que tomou o mundo. O episódio mostra o exato momento em que ele recebe a ligação de Carol e, principalmente, quando percebe que do outro lado da linha há alguém que ainda pensa de forma individual, ao ouvir os xingamentos dela – um reconhecimento imediato de que não é “mais um” da colmeia.

Depois desse flashback, a trama volta para Carol saindo do hospital, ainda se recuperando da explosão da granada. Em casa, ela entra em modo investigação: passa a testar sistematicamente os limites dos Outros, buscando entender o que podem ou não fazer, o que são capazes de dizer e até onde irá a devoção deles à sua felicidade. É nesse processo que Carol descobre algo crucial: os Outros não mentem, evitam ao máximo magoá‑la e se organizam em torno de um objetivo quase infantil – deixá‑la sempre satisfeita.
Essa descoberta vem com uma cena simples e devastadora: ao perguntar o que Helen realmente achava de seus livros, Carol percebe que a colmeia só admite a verdade quando ela exige, e ainda assim com enorme desconforto. Isso leva a protagonista a um plano mais radical: se os Outros não podem mentir, um “soro da verdade” pode forçar Zosia a revelar se há algum tipo de reversão possível para a infecção pelo vírus. Carol testa primeiro a droga em si mesma, registrando reações extremas de riso, choro, memórias de Helen e até atração, antes de aplicá‑la em Zosia, numa sequência que rapidamente escala para tensão máxima.

Enquanto isso, a presença de Manousos no Paraguai oferece um contraponto sombrio: ele prefere passar fome, comendo restos e ração, a aceitar recursos dos Outros, e passa os dias escaneando o rádio em busca de sinais de outros imunes. Esse isolamento extremo reforça o tema da resistência individual contra a sedução do conforto coletivo. O episódio passa num piscar de olhos, justamente porque condensa muita informação, testes de limite, novos personagens e dilemas éticos em um ritmo preciso, mantendo o espectador totalmente envolvido.
Perguntas Frequentes sobre o Episódio 4 de Pluribus
Quem é o paraguaio apresentado no começo do episódio?
O personagem é Manousos Oviedo, um dos imunes que vive isolado em um galpão de self‑storage no Paraguai, recusando ajuda e tentando sobreviver com o mínimo possível, enquanto procura sinais de outras pessoas não conectadas à colmeia.
Por que a ligação de Carol é tão importante para o paraguaio?
Porque, ao ouvir Carol xingá‑lo, Manousos percebe que está falando com alguém que ainda pensa e reage individualmente, algo impossível para os infectados, que falam e sentem de forma padronizada. Esse momento confirma para ele que não está sozinho no mundo como imune.
O que Carol descobre sobre os Outros neste episódio?
Carol confirma que os Outros não mentem, evitam magoá‑la e parecem programados para priorizar sua felicidade, o que transforma essa “bondade” em uma ferramenta que ela pode explorar para entender seus limites e fraquezas.
Por que Carol pergunta o que Helen achava dos seus livros?
A pergunta é um teste emocional e lógico. Carol usa a curiosidade sobre sua relação com Helen para verificar se o coletivo é capaz de mentir para protegê‑la ou se é obrigado a dizer a verdade quando pressionado, mesmo que isso a machuque.
Qual é o objetivo do “soro da verdade” usado por Carol?
O objetivo de Carol é descobrir, a qualquer custo, se existe uma forma de reverter a União (o Joining). Ela acredita que, sob efeito do soro, Zosia poderá revelar algo que a colmeia não deixa dizer voluntariamente.
O soro da verdade funciona em Zosia?
O soro provoca um colapso físico em Zosia antes que ela consiga revelar qualquer possível cura. A cena torna‑se brutal quando a colmeia começa a suplicar “Please, Carol”, usando as vozes de todos, mostrando que sentem a dor de Zosia, mas ainda assim não impedem Carol de continuar.
Por que o episódio é considerado mais tenso que o anterior?
Porque combina o aprofundamento psicológico de Carol com a introdução de Manousos e um experimento extremo com o soro da verdade, culminando em uma situação de quase morte e num coro desesperado da colmeia. A sensação é de aperto constante, com pouco alívio e muitas implicações morais.
O que o episódio 4 revela sobre os limites do coletivo?
Revela que o coletivo não consegue mentir, tem extrema dificuldade em dizer “não” a Carol e não age diretamente para impedi‑la, mesmo quando ela coloca vidas em risco. Isso expõe uma falha estrutural que pode ser explorada pelos imunes no futuro.

