BUTECO INDICA A CHAMADA

Liam Neeson preso em carro-bomba em A Chamada… e a gente preso assistindo

Liam Neeson está de volta fazendo o que ele mais ama: atender ligações misteriosas e resolver B.O. com cara de quem só queria tirar um cochilo. Em A Chamada (Retribution), o eterno ex-agente aposentado agora é um executivo de finanças preso dentro de um carro com os filhos e um celular do inferno. E sim, tem bomba. Tem ameaça. Tem plot twist. Mas o que não tem mesmo… é vontade.


️ Sobre o que é A Chamada?

Matt Turner (Neeson) é um banqueiro workaholic em Berlim que decide levar os filhos pra escola num raro momento de paternidade responsável. Só que alguém decide que esse vai ser o dia do “Desafio do Carro Explosivo”: um telefone estranho toca, uma voz distorcida diz que tem uma bomba embaixo do banco e pronto — virou Velocidade Máxima versão Uber executivo.

Pra piorar, o vilão no telefone é ninguém menos que o próprio colega de trabalho de Matt, Anders (Matthew Modine), que fingiu a própria morte num teatrinho tão mal feito que faria até a novela das 18h parecer Shakespeare.


Para quem é?

Se você sente saudade do Liam Neeson de Busca Implacável, aquele que fazia discursos ameaçadores enquanto ajustava a gravata, pode até morder a isca. Agora, se você já cansou de vê-lo salvar filhos, esposas, cachorros e dignidade com a mesma cara de quem esqueceu o pão no forno, talvez seja hora de desligar o motor.


Quem está no elenco?

Além de Neeson (em modo piloto automático), temos Noma Dumezweni como uma agente de segurança genérica, Embeth Davidtz como a ex-mulher ressentida e Lilly Aspell e Jack Champion como os filhos que passam metade do filme gritando e a outra metade negando que a bomba existe. Um destaque curioso: Matthew Modine como o vilão que basicamente faz tudo isso só pra roubar dinheiro. Parabéns pela motivação digna de Tom & Jerry.


Onde assistir A Chamada?

A Chamada está disponível no Amazon Prime. Ideal pra quem quer assistir alguma coisa enquanto responde e-mails.


Veredicto: A Chamada vale a pena?

Sinceramente? Só se você estiver com saudade de ver Liam Neeson suado, confuso e lidando com terrorismo enquanto grita “não vou sair do carro!”. O filme é um thriller de ação genérico com mais furos que a rede de proteção da família Turner. A direção é funcional, a tensão existe (mais por conta da trilha sonora do que da narrativa) e o desfecho tenta ser emocional, mas escorrega no sentimentalismo automático.

A tentativa de ser uma crítica ao mundo das finanças é tão rasa quanto conversa de elevador. No fim, a única mensagem real que o filme entrega é: “Passe mais tempo com seus filhos.” Ok. Mas será que precisava de explosão e chantagem por telefone pra isso?


Assista ao trailer