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Papa Morre, Hollywood Vence: Como Conclave Acertou (e Errou) o Novo Papa

Extra omnes! — ou: “Tira a Netflix do cardeal que tá começando o show!”

Com a morte do Papa Francisco aos 88 anos nesta segunda-feira pós-Páscoa, o mundo inteiro se pergunta: quem será o próximo a usar aquele chapéu pontudo cheio de estilo e responsabilidade divina?

Enquanto o Vaticano engata sua marcha mais cerimonial e fecha as cortinas de veludo púrpura, a internet — como sempre — faz o que sabe de melhor: corre pro streaming. E lá está ela, reluzente como um cálice de ouro digital: Conclave, o thriller estrelado por Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow e Isabella Rossellini, sobre a eleição do novo papa.

Coincidência? Só se for divina.


Conclave: quando o Vaticano encontra Game of Thrones com batina

Baseado no livro de Robert Harris e adaptado para o cinema em 2024, Conclave mostra um bando de cardeais trancados como num reality show de terceira idade altamente cerimonial, decidindo quem será o novo CEO espiritual da humanidade. Tem suspense, tem intriga, tem latim… só não tem o Papa Francisco, que nessa altura já deve estar trocando figurinhas com Bento XVI no andar de cima.

Segundo o Usa Today, a produção teve até uma “visita guiada” no Vaticano. Só faltou dizer que receberam bênção papal e voucher pro refeitório dos cardeais.


Mas… o que é verdade e o que é ficção santa?

Os cardeais são realmente trancados?
Sim. Ao ouvir “Extra omnes”, todos os leigos (e fofoqueiros) são chutados pra fora. Os cardeais então vivem uma espécie de retiro espiritual com vibes de Big Brother: ninguém entra, ninguém sai, e tudo depende do voto secreto. Não há WhatsApp. Não há Uber Eats. Só fé, rituais e muito incenso.

️ Eles dormem no Vaticano?
Sim — em dormitórios modestos na Casa Santa Marta. Nada de suítes cinco estrelas. O clima é meio retiro de RH com potencial de milagre. Nuns servem as refeições e o networking entre cardeais rola no refeitório mesmo, talvez com troca de figurinhas “Panini Vaticano 2025”.

️ O voto é cerimonial mesmo?
Cerimônia é pouco. Os cardeais votam até quatro vezes por dia, colocando seus votos dobradinhos numa urna com uma pratinha por cima (chique). Tudo isso, claro, enquanto declamam um juramento em latim digno de Hogwarts. Depois, os votos são costurados à mão (!) e queimados para gerar a famosa fumacinha. Preto = deu ruim. Branco = habemus papam.

E foi filmado no Vaticano?
Jamais. Conclave usou locações em Roma e criou uma réplica da Capela Sistina com ajuda de CGI. Ou seja, o Michelangelo da vez foi um programador de VFX com dor na lombar.


Então Conclave acertou o quê?

  • O latim cerimonial? ✔️

  • A clausura dos cardeais? ✔️

  • O clima de tensão entre os velhinhos? ✔️

  • A existência de uma freira investigativa interpretada por Isabella Rossellini? ❌ (Mas devíamos considerar incluir na vida real.)


O que o Vaticano achou?

Segundo Straughan, ninguém foi excomungado. O Vaticano até curtiu a ideia, desde que fosse respeitoso. E Conclave foi, digamos, diplomático: mostrou os bastidores da fé com crítica sutil, beleza estética e cardeais com mais conflitos internos que final de novela das nove.


Agora que Francisco partiu…

Enquanto a fumaça ainda não subiu, você pode maratonar Conclave e fingir que está entendendo todos os protocolos vaticanos. Afinal, se até os roteiristas de Hollywood conseguiram acompanhar o ritual centenário, você com uma taça de vinho e Google aberto também consegue.


Conclusão: Deus escreve certo por linhas de roteiro

Com a morte de Francisco e a cortina subindo para mais um conclave real, Conclave se torna mais do que um filme — vira uma prévia dramatizada com produção de Oscar e pitadas de mistério sacro digno de Agatha Christie em latim. Se acertarem quem será o novo papa, a gente já sabe: o próximo milagre será creditado à Apple TV.