Samuel L. Jackson e o Pornô: uma guerra digna da Marvel (ou de uma aba anônima)
Samuel L. Jackson é o homem mais ocupado de Hollywood. Está em todos os filmes — e, aparentemente, em todos os sites errados. O ator, que já faturou mais de US$ 27 bilhões nas bilheterias (sim, bilhões, com “b”), conseguiu algo inédito: ser ameaçado de boicote pela indústria pornô. E não foi por estrelas pornôs enciumadas com o carisma dele, mas porque o cara resolveu fazer merchan gratuito do RedTube.
Segundo a FOM, durante a divulgação de Capitão América: O Soldado Invernal, perguntaram a Jackson o que ele recomendaria a Steve Rogers — o herói que passou 70 anos congelado. A resposta?
“RedTube. Uma das melhores criações da cultura pop dos últimos 50 anos.”
Nada como um bom gelo ser descongelado com fogo nos olhos, né?
“Super-heróis não roubam”: o protesto mais improvável da história do cinema adulto
A fala caiu como uma bomba vibratória na comunidade pornô. A atriz e diretora Tanya Tate respondeu em tom diplomático — e ligeiramente excitado:
“Eu enviaria com prazer uma pilha dos filmes que dirigi para o Sr. Jackson, se ele quiser se redimir.”
Já Catalina Cruz foi mais direta: pediu boicote aos filmes do ator. “Se Hollywood se revolta com pirataria, por que o pornô não pode?” — questionou.
Elas tinham um ponto. O pornô foi o verdadeiro Thanos da evolução tecnológica: matou o Betamax, impulsionou o DVD, inventou o streaming antes da Netflix e popularizou o conceito de “plano mensal com acesso ilimitado” muito antes do OnlyFans ser moda.
E tudo isso pra quê? Pra ver o Nick Fury dizendo pra galera usar site pirata.
A treta: cultura pop, capitalismo e… pornografia ética
A ironia é deliciosa. Hollywood passa décadas reclamando de pirataria, mas quando um de seus astros mais lucrativos recomenda um site que vive disso, todo mundo finge que é piada. “Foi só humor”, disseram. Claro. E Pulp Fiction é uma comédia romântica.
O problema é que, enquanto estúdios perdem “streamings”, a indústria pornô perde aluguel, comida e botox. Atrizes independentes — muitas delas produtoras dos próprios filmes — veem o dinheiro sumir mais rápido que os créditos da Marvel.
O recado das profissionais é simples: “Super-heróis não roubam — nem pornô.”
Tecnicamente, Nick Fury nem é um super-herói, mas isso é detalhe. Ele é o cara que coordena heróis. E agora, aparentemente, também indica onde achá-los pelados.
O que aprendemos com o caos pornô de Samuel L. Jackson
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A pornografia sempre dita o futuro da tecnologia. Se um dia o metaverso vingar, agradeça a alguém usando óculos VR sem calças.
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Samuel L. Jackson é uma força da natureza. Consegue irritar até quem nunca assistiu Os Vingadores.
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O pornô é trabalho. Pirataria fere o bolso de quem faz a mágica acontecer — literalmente.
Jackson, até hoje, não pediu desculpas. Talvez por estar ocupado demais lendo roteiros da Marvel — ou curtindo o catálogo que Tanya Tate prometeu mandar.
Seja como for, o episódio deixa uma lição digna de moral de Stan Lee:
“Com grande poder vem grande responsabilidade… e uma boa VPN.”

