Prepare sua pipoca e sua lança espiritual, porque a Tela Quente desta segunda-feira (3/11) traz um dos filmes mais poderosos dos últimos anos: A Mulher Rei (The Woman King), estrelado pela incomparável Viola Davis, com direção da talentosa Gina Prince-Bythewood (The Old Guard).
O filme vai ao ar às 22h25 (horário de Brasília), logo após a novela Três Graças, e marca a estreia do longa na TV aberta brasileira. Com 2h15 de duração, o épico histórico combina ação, emoção e um tapa na cara da história eurocêntrica que sempre deixou as mulheres negras fora do centro da narrativa.
⚔️ Sobre o que é “A Mulher Rei”
Ambientado no Reino de Daomé, na África Ocidental, em 1820, o filme acompanha Nanisca (Viola Davis), a imponente general que comanda o exército feminino das Agojie — guerreiras reais que defendiam seu povo contra colonizadores europeus e tribos rivais envolvidas no tráfico de escravos.
Com a chegada da guerra, Nanisca recruta uma nova geração de guerreiras e treina suas discípulas em uma rotina brutal de combate. Entre as recrutas, está Nawi (Thuso Mbedu), uma jovem de espírito rebelde que aprende a transformar dor em força.
O resultado é um filme de tirar o fôlego — e de fazer muita produção de Hollywood parecer treino de academia perto do que essas mulheres entregam.
O que significa “A Mulher Rei”
O título vem de uma lenda do povo de Daomé, que fala de dois monarcas — um homem e uma mulher — que governavam juntos, em igualdade.
Em vez de “Rainha”, Nanisca é vista como uma “Mulher Rei”: símbolo de equilíbrio entre liderança e resistência.
Gina Prince-Bythewood explicou à Variety:
“O título representa o poder absoluto que essas mulheres conquistaram, mesmo em um mundo que insistia em lhes negar humanidade.”
Curiosidades de bastidor dignas de treinamento militar
As atrizes passaram quatro meses de preparação intensa antes das filmagens.
A rotina incluía:
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90 minutos diários de musculação com a preparadora Gabriela McLain;
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3 horas e meia de treino de luta e técnicas com lanças e espadas, comandadas por Danny Hernandez (Black Panther).
Viola Davis, aos 57 anos, contou em entrevista à People que nunca havia feito um papel tão exigente fisicamente:
“Foi o trabalho mais difícil e mais gratificante da minha carreira. Eu saí destruída… e renascida.”
Sucesso de público, injustiça de Oscar
No Rotten Tomatoes, o filme ostenta 94% de aprovação da crítica e 99% do público — números que fariam até Thanos reconsiderar suas escolhas.
Faturou quase US$ 100 milhões com um orçamento de US$ 50 milhões e se tornou um dos maiores sucessos de 2022.
Mesmo assim, foi totalmente esnobado pelo Oscar 2023. Nenhuma indicação. Nenhuma.
A diretora Gina Prince-Bythewood resumiu o sentimento geral da indústria:
“Recebi dezenas de mensagens indignadas. O filme merecia estar lá. E Viola merecia tudo.”
Baseado em fatos reais
Embora tenha liberdade criativa, o filme se apoia em eventos e personagens reais.
O Reino de Daomé realmente existiu (hoje, parte do Benin), e as Agojie foram um exército exclusivamente feminino — mulheres que enfrentaram armas de fogo com lanças e coragem.
Pesquisadores apontam que o Daomé teve, por mais de dois séculos, uma das forças militares femininas mais letais do mundo.
Sim, a inspiração de Pantera Negra e as Dora Milaje vem daqui.
Elenco de peso
Além de Viola Davis e John Boyega, o elenco inclui:
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Thuso Mbedu (The Underground Railroad),
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Lashana Lynch (007 – Sem Tempo Para Morrer),
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Hero Fiennes Tiffin (After),
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Sheila Atim (Doctor Strange 2).
Cada uma entrega uma performance tão física quanto emocional — e com carisma de sobra pra rivalizar com qualquer super-herói da Marvel.
️ Serviço
Filme: A Mulher Rei (The Woman King)
Direção: Gina Prince-Bythewood
Elenco: Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch, John Boyega, Sheila Atim
Exibição: Hoje, segunda-feira, 03 de novembro
Horário: 22h25 (após Três Graças)
Canal: TV Globo
⏱️ Duração: 2h15
⚡ Por que assistir hoje
Porque A Mulher Rei é um filme que faz o que Hollywood raramente ousa:
coloca mulheres negras no centro de uma narrativa grandiosa, com ação, emoção e história real.
E porque Viola Davis está em modo de guerra — e isso, convenhamos, é sempre um evento.

