A série chega ao fim com um ato de sacrifício, redenção e mais perguntas sobre o futuro da franquia do que respostas definitivas. Um final agridoce — no melhor estilo Round 6 — que encerra a história de Gi‑hun, mas deixa o jogo mais vivo do que nunca.
Quem vence os jogos desta vez?
O grande vencedor é o bebê de Jun‑hee, que nasce no meio da competição. Jun‑hee morre em um ato de sacrifício maternal, deixando Gi‑hun como protetor da criança. No jogo final, uma versão elevada do clássico “Jogo da Lula”, Gi‑hun enfrenta o pai da criança, Myung‑gi, que tenta eliminar o próprio filho por dinheiro. Após uma batalha intensa, Gi‑hun vence… mas percebe que a rodada não foi oficialmente iniciada. Ou seja, ainda há um último movimento a fazer: ele pode matar o bebê e vencer, deixar ambos morrerem, ou se sacrificar. Escolhe a última opção. E com isso, salva a criança — e a torna a campeã.
O sacrifício de Gi‑hun
Gi‑hun, o herói que começou como um pai ausente, termina como símbolo de compaixão e esperança. Seu suicídio é um grito contra a desumanização promovida pelos VIPs e uma tentativa final de romper o ciclo de violência dos jogos.
E o destino da ilha?
Com a chegada de Jun‑ho e da Guarda Costeira, os organizadores ativam um protocolo de autodestruição e destroem a sede dos jogos na Coreia. Mas ninguém acredita que seja o fim definitivo: os jogos têm versões internacionais — e uma cena mostra a operação já em curso em Los Angeles.
Cate Blanchett e o remake americano?
No epílogo, vemos uma mulher misteriosa jogando ddakji nas ruas de Los Angeles. A personagem é interpretada por Cate Blanchett, e isso indica a conexão direta com a futura versão americana da série, já confirmada e dirigida por David Fincher. A ideia não é um remake literal, mas uma expansão do universo.
O que o final realmente quer dizer?
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Sacrifício como resistência: Gi‑hun, ao se matar para salvar o bebê, oferece uma mensagem de redenção para uma sociedade corrompida pelo espetáculo da violência.
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A continuidade dos jogos: Mesmo com a destruição da ilha, os VIPs continuam apostando e operando novas versões mundo afora.
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Um novo ciclo: O bebê vence com o número da mãe. A criança representa o futuro, mas já nasce marcada por um jogo de sangue.
E os outros personagens?
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Front Man: foge com o bebê e seis meses depois o entrega ao irmão, Jun‑ho, junto com o prêmio em dinheiro.
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Jun‑ho: finalmente confronta o irmão, mas a guerra moral entre eles continua.
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No‑eul e Gyeong‑seok: escapam e reconstroem suas vidas, ainda que ele não se lembre dela.
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Cheol (irmão de Sae-byeok): se reencontra com sua mãe norte-coreana, cumprindo o desejo que a irmã nunca pôde realizar.
Vai ter 4ª temporada?
Não. A terceira é oficialmente o fim da série principal. Mas o universo Round 6 continuará com derivados, spin‑offs e a versão americana. A Netflix e o criador Hwang Dong‑hyuk deixam claro que a história de Gi‑hun se encerra aqui, mas a franquia mal começou.
Resumo final: Round 6 termina com a morte do protagonista, a vitória improvável de um bebê e a certeza de que o horror social travestido de entretenimento não acabou. O jogo, infelizmente, continua.

