melhores filmes de comédia de 2025

Melhores Filmes de Comédia de 2025

Os Melhores Filmes de Comédia de 2025: o ano em que a comédia parou de pedir desculpa

Se você passou os últimos anos achando que a comédia tinha morrido, 2025 chegou só pra te chamar de exagerado.

Não, o gênero não morreu.
Ele só estava em coma induzido, sedado por streaming preguiçoso, roteiro covarde e piada explicada três vezes pra não ofender ninguém. Em 2025, a comédia acordou puta, arrancou os tubos e começou a rir da própria tragédia.

E não foi aquele riso sem graça de stand-up corporativo, nem humor de algoritmo que parece escrito por planilha. Foi riso incômodo, constrangedor, catártico, às vezes cruel — e quase sempre necessário.

Este foi o ano em que:

  • Duplas cômicas nasceram do nada e dominaram a tela (Um Dia Daqueles fez isso parecer fácil).

  • Legacyquels que ninguém pediu justificaram a própria existência (Happy Gilmore 2, você não tinha o direito de funcionar… mas funcionou).

  • O cringe virou arma de destruição emocional em massa (Tim Robinson segue sendo ameaça pública).

  • Slapstick voltou com força total (Liam Neeson sério demais em Corra que a Polícia Vem Aí é patrimônio histórico).

  • Trauma, PTSD, capitalismo e bilionários idiotas viraram matéria-prima pra piada — e estranhamente deu certo.

Teve comédia de ação onde improvisar salva vidas, sátira gelada sobre tech bros brincando de Deus, guerra conjugal que faz terapia de casal parecer recreio, noir safado que quase cola, anjo explicando capitalismo melhor que economista de podcast, e até comédia que fala de dor real sem virar palestra.

Ou seja: 2025 foi um buffet de risadas, daqueles em que você ri, se sente um pouco culpado, ri de novo e depois manda o link no grupo dizendo “confia”.


O que você vai encontrar nesta lista de filmes de comédia de 2025

Aqui não tem ranking burocrático, nem crítica que pede desculpa antes de existir.
Aqui tem:

  • As 15 melhores comédias de 2025, sem “menção honrosa” preguiçosa

  • Slapstick, cringe, sátira social, comédia romântica torta, humor negro e piada de mau gosto bem aplicada

  • Aviso implícito: alguns filmes dão mais vergonha alheia do que você consegue suportar

  • Indicação informal de:

    • qual ver bêbado

    • qual ver sóbrio

    • qual NÃO ver com a família no Natal

Se você quer saber o que realmente valeu a risada em 2025, essa é a lista.

Agora respira, ajusta o diafragma e segue comigo —
porque a partir daqui a comédia começa a bater sem pedir licença.

15. Os Roses: Até que a Morte os Separe (Disney +)

Guerra conjugal premium, com taça de vinho e faca escondida

Sinopse: Theo (Benedict Cumberbatch) e Ivy Rose (Olivia Colman) veem o casamento virar um campo minado emocional onde cada frase é uma ameaça passivo-agressiva.

Por que está aqui:
Jay Roach pegou A Guerra dos Roses (1989) e fez uma versão 2025: menos homicida, mais terapia de casal cara — daquelas que terminam em choro no estacionamento.

A grande diferença?
Aqui o filme quer que você torça pelo casal, enquanto o original queria que você escolhesse de que lado do divórcio ia rir. É menos veneno, mais neurose bem-vestida.

Cumberbatch e Colman têm química de casal que se ama, se odeia e se respeita só o suficiente pra continuar se machucando com elegância. O elenco de apoio (Kate McKinnon, Alison Janney, Andy Samberg) entra como comentário sarcástico vivo da falência emocional alheia.

Não é tão cruel quanto poderia — mas ainda assim é uma comédia amarga sobre como relações morrem não com gritos, mas com pequenas humilhações diárias.

Rir aqui é desconfortável — como deve ser.


poster novocaine14. Novocaine (Prime Video)

O pior superpoder já inventado

Sinopse: Nathan (Jack Quaid) não sente dor. O que parece vantagem vira maldição quando o corpo começa a quebrar e ele não percebe.

Por que está aqui:
Novocaine é aquele filme que você sabe exatamente o que é — e ainda assim funciona melhor do que deveria.

Jack Quaid não é um astro capaz de carregar blockbuster sozinho, mas ele entende perfeitamente o próprio carisma: o cara comum, confuso, sempre dois segundos atrasado da situação. A comédia nasce do contraste entre o corpo sendo destruído e a mente ignorando tudo.

O roteiro é padrão-action-comedy, mas o uso criativo da condição do personagem rende cenas que misturam riso nervoso e nojo genuíno. Você ri… mas com o corpo encolhido.

É aquele filme que não muda sua vida, mas muda sua noite.


poster one of them days13. Um Dia Daqueles (HBO)

A melhor dupla cômica do ano nasceu sem pedir licença

Sinopse: Duas amigas têm 24 horas pra levantar o dinheiro do aluguel depois que um namorado inútil faz merda monumental.

Por que está aqui:
Keke Palmer + SZA = química de nível histórico.

Esse filme entende algo que Hollywood esqueceu: comédia vive de gente interessante presa numa situação simples. Não tem trama mirabolante. Tem urgência, desespero e amizade verdadeira.

O filme é episódico, sim. Algumas cenas funcionam melhor que outras. Mas quando dá uma leve caída, Palmer e SZA estão lá, sustentando tudo só no diálogo, no olhar e no timing absurdo.

Você termina querendo ver essas duas em QUALQUER situação: numa fila de banco, num velório, numa invasão alienígena.

Se 2025 tivesse um Oscar de “nascer dupla clássica”, esse filme ganhava.


poster hell of a summer12. Hell of a Summer

Slasher adolescente feito por quem entende adolescência

Sinopse: Monitores de acampamento enfrentam um assassino mascarado enquanto lidam com insegurança, hormônios e burrice juvenil.

Por que está aqui:
Esse filme sabe exatamente o que é — e não finge ser mais inteligente do que precisa.

Dirigido por Finn Wolfhard, Hell of a Summer não tenta reinventar o slasher. Ele abraça o ridículo, o exagero e a burrice típica do gênero, mas com um detalhe raro: os jovens soam como jovens de verdade.

As piadas vêm do contraste entre pânico mortal e trivialidade adolescente. É gente fugindo da morte enquanto discute relacionamento mal resolvido.

É bobo, é autoconsciente e é muito mais engraçado do que deveria.


poster happy gilmore um maluco no golfe 211. Um Maluco no Golfe 2 (Netflix)

Adam Sandler venceu — e você também

Sinopse: Happy Gilmore volta ao golfe depois de uma tragédia absurda e precisa salvar a filha financeiramente.

Por que está aqui:
Não precisava existir.
Mas existe — e é deliciosamente idiota.

Adam Sandler entende algo que poucos entendem: o público cresceu com ele. O humor ainda é físico, exagerado, infantil às vezes — mas agora vem acompanhado de melancolia, paternidade e cansaço real.

Entre cameos insanos, piadas internas e nonsense absoluto, existe um filme sobre um cara quebrado tentando continuar sendo pai.

Você não defende esse filme. Você aceita. E se diverte.


poster friendship10. Friendship

O cringe elevado ao status de arma psicológica

Sinopse: Um homem socialmente disfuncional destrói uma amizade porque não sabe ser normal nem por cinco minutos.

Por que está aqui:
Tim Robinson não faz comédia.
Ele testa limites emocionais do espectador.

Friendship é uma experiência quase clínica sobre vergonha alheia. Se você não gosta de humor constrangedor, pare agora. Se gosta, prepare-se para rir e sofrer ao mesmo tempo.

Paul Rudd funciona como o espelho social perfeito: carismático, ajustado, normal. Robinson é o erro ambulante que insiste em existir.

É doloroso. É genial. E não é pra todo mundo — graças a Deus.


9. A Verdadeira Dor (Disney +)

Esse não é um filme sobre o Holocausto.
É um filme sobre o que acontece quando a herança do trauma cai no colo de quem ainda não sabe viver.

Sinopse:
Dois primos judeus-americanos viajam à Polônia para homenagear a avó sobrevivente do Holocausto — e acabam presos um ao outro.

Por que está aqui:
Porque Jesse Eisenberg fez algo raríssimo:
uma comédia sobre trauma sem transformar dor em espetáculo.

David (Eisenberg) é o adulto funcional que “deu certo”.
Benji (Kieran Culkin) é o carisma ambulante que não saiu do lugar.

E Culkin amassa o filme. Ele entra rindo, provoca, incomoda — e quando o silêncio chega, sobra uma dor que não tem nome nem manual de instruções. O plano final é daqueles que te deixa olhando pro nada depois dos créditos.

Turismo de trauma, humor nervoso e uma ferida que não fecha

Não é comédia pra aliviar.
É comédia pra entender que algumas dores só se compartilham — nunca se resolvem.


poster freakier friday

8. Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (Disney+)

Legacyquel que respeita o público (milagre!)

Sinopse: Tess e Anna agora lidam com troca de corpos em família ampliada.

Por que está aqui:
Porque ENTENDEU o trabalho.

Nada de nostalgia preguiçosa.
Nada de piscadinha vazia.

Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan ainda têm timing, energia e vontade de brincar com o próprio passado.

Raro caso de continuação que soma.


poster improvisacao perigosa7. Improvisação Perigosa (Prime Video)

“Yes, and…” como técnica de sobrevivência criminal

Sinopse: Uma professora de improvisação e dois alunos são recrutados para se infiltrar na máfia londrina… improvisando.

Por que está aqui:
Esse filme prova uma tese antiga do Cinema de Buteco:
comédia só funciona quando o elenco acredita mais no absurdo do que você.

Bryce Dallas Howard nunca esteve tão carismática.
Orlando Bloom faz um ator metódico que leva tudo a sério demais.
Nick Mohammed é o nervosinho perfeito.

O truque genial: cercar os três com atores durões reais (Ian McShane, Paddy Considine, Sean Bean). Isso ancora a loucura e faz tudo funcionar.

É bobo? Sim.
É inteligente? Também.
É contagiante? PRA CARALHO.

Filme que lembra que comédia também pode ter ritmo e alma.


6. Mountainhead (HBO)

Bilionários falando do fim do mundo como quem escolhe vinho

Sinopse: Quatro tech bros bilionários se reúnem numa mansão enquanto o mundo literalmente desmorona.

Por que está aqui:
Jesse Armstrong (Succession) fez a comédia mais GELADA do ano.

Aqui ninguém é herói.
Ninguém aprende nada.
Ninguém melhora.

Eles falam de “pós-humanidade”, “upload de consciência” e “comprar um país” enquanto ignoram o colapso que ajudaram a criar.

A piada não vem do punchline.
Vem do silêncio moral.

Não é comédia pra gargalhar. É pra rir com nojo.


poster zoe minha amiga morta zoe my dead friend zoe5. Zoe: Minha Amiga Morta (Prime Video)

PTSD, luto e amizade no mesmo copo

Sinopse: Uma veterana de guerra lida com trauma vendo a amiga morta como presença constante e sarcástica.

Por que está aqui:
Esse filme não deveria funcionar.
E ainda assim, funciona lindamente.

O humor nasce da relação entre dor e afeto. Zoe não é alucinação vilanesca — é memória, culpa, amor não resolvido.

Natalie Morales e Sonequa Martin-Green têm química emocional absurda. Ed Harris e Morgan Freeman aparecem para dar peso geracional ao trauma.

Você ri. Depois engole seco. Depois pensa.


4. Quando o Céu se Engana

Keanu Reeves explicando capitalismo com cara de anjo cansado

Sinopse: Um anjo troca de lugar um funcionário comum e seu patrão rico para ensinar “o valor da vida”.

Por que está aqui:
Keanu Reeves é basicamente um conceito humano de empatia — e o filme usa isso muito bem.

A comédia é clara, acessível, quase didática, mas nunca burra.
É De Mendigo a Milionário com consciência social.

Aziz Ansari e Seth Rogen seguram o humor, mas é Keanu quem dá alma: ingênuo, melancólico, gentil demais para o sistema em que caiu.

Comédia confortável com consciência. Funciona.


poster corra que a policia vem ai 20253. Corra que a Polícia Vem Aí (Paramount+)

Liam Neeson sério demais para um mundo idiota demais

Sinopse: Frank Drebin Jr. (Liam Neeson) herda o sobrenome e a incapacidade investigativa do pai, resolvendo crimes da pior maneira possível.

Por que está aqui:
Akiva Shaffer entendeu o código secreto da Naked Gun:
quanto mais sério o protagonista, mais engraçado o caos ao redor.

Liam Neeson NÃO PISCA. Ele atua como se estivesse em Busca Implacável 9. E isso transforma cada piada em dinamite.

O filme é um massacre de gags:
– piadas de fundo,
– objetos surgindo do nada,
– física completamente ignorada,
– timing de cartoon em live-action.

Pamela Anderson surpreende como femme fatale cômica (e funciona), e o roteiro respeita a tradição ZAZ sem parecer cover de TikTok.

Comédia burra feita por gente inteligente. Raridade.


poster sorry baby2. Sorry, Baby

Rir depois do trauma — sem pedir desculpa por isso

Sinopse: Uma professora tenta seguir a vida após um abuso sexual, encontrando humor estranho e desconfortável no cotidiano.

Por que está aqui:
Eva Victor fez algo dificílimo:
uma comédia sobre sobrevivência, não sobre superação.

O filme não transforma trauma em lição edificante.
Ele mostra como a vida continua… torta, absurda, desigual.

O humor surge onde menos se espera: médicos inúteis, autoridades vazias, pequenas situações ridículas que só quem passou por algo assim reconhece.

É comédia adulta, corajosa e honesta. Não é pra todo mundo — e não precisa ser.


poster melhores filmes de 2025 - jay kelly1. Jay Kelly (Netflix)

George Clooney em terapia pública

Sinopse: Um ator famoso entra em crise ao perceber que passou a vida inteira interpretando personagens — menos ele mesmo.

Por que está aqui:
Noah Baumbach fez um filme SOBRE celebridade estrelado por alguém que SABE o que é ser celebridade.

Clooney está ótimo, mas quem ROUBA o filme é Adam Sandler como empresário e amigo exausto — talvez sua melhor atuação dramática desde Diamantes Brutos.

Não é um filme perfeito.
É limpo demais. Calculado demais.
Mas quando acerta, acerta fundo.

Comédia triste sobre sucesso, ego e vazio.


2025 foi o ano em que a comédia lembrou por que existe

A nossa lista com os melhores filmes de comédia de 2025 provou uma coisa simples:
rir ainda é uma forma de resistência.

Teve comédia burra bem-feita.
Teve comédia triste que dói.
Teve sátira política, humor constrangedor, slapstick clássico e riso terapêutico.

Se você acha que “não se fazem mais comédias como antigamente”, 2025 respondeu com uma gargalhada na sua cara.

E sim:
– algumas vão te fazer rir alto,
– outras vão te deixar desconfortável,
– e algumas vão fazer você rir… e depois ficar em silêncio.

Como toda boa comédia deve fazer.