melhores filmes de ação de 2025

Melhores Filmes de Ação de 2025: explosões, ideias e porradaria com propósito

Se você está procurando os melhores filmes de ação de 2025, esqueça listas preguiçosas que confundem barulho com impacto. Este foi um ano em que o gênero resolveu fazer algo raro: continuar entregando adrenalina enquanto flertava com depressão, política, trauma, reinvenção de franquias e até cinema de autor.

Sim, ainda tem perseguição de carro, tiro, faca, soco, explosão e CGI custando mais caro que o PIB de países pequenos. Mas 2025 foi o ano em que a ação deixou de ser apenas espetáculo e passou a carregar intenção narrativa, peso emocional e, em alguns casos, raiva genuína do mundo.

Nesta lista dos melhores filmes de ação de 2025 do Cinema de Buteco, você vai encontrar:

  • blockbusters que surpreenderam ao sair da fórmula;

  • franquias veteranas que finalmente acertaram o tom;

  • filmes de baixo orçamento que deram aula de tensão;

  • animação provando, mais uma vez, que ação não precisa ser live-action;

  • e diretores que entenderam que porradaria só funciona quando significa alguma coisa.

A ordem não é aleatória. Ela respeita impacto, execução e relevância dentro do gênero, não hype de rede social nem bilheteria inflada por marketing.

Se você quer saber quais filmes de ação realmente valeram o ingresso (ou o play) em 2025, esta lista é o mapa.

Agora respira fundo.
Porque a partir daqui a gente entra no ranking… sem piedade.

TOP 10 Filmes de Ação de 2025

15. Thunderbolts

Quando a Marvel trocou o vilão gigante pela depressão clínica

Thunderbolts é o filme que ninguém pediu — e justamente por isso funciona.
Em vez de multiverso, portais coloridos e discursos heroicos reciclados, a Marvel resolve encarar algo que costuma fingir que não existe: gente quebrada tentando continuar funcionando.

Florence Pugh carrega o centro emocional com uma Yelena cada vez mais cansada de existir. David Harbour faz da autodepreciação uma forma de defesa. Wyatt Russell parece um meme vivo com trauma de abandono. A ação existe, mas nunca é o foco — ela é consequência do vazio, não o espetáculo.

É desequilibrado? Sim.
É irregular? Também.
Mas tem algo que a Marvel perdeu há anos: intenção.

Não é filme de ação para fugir da realidade. É para lembrar que viver já é uma batalha suficiente.


14. Anônimo 2

Bob Odenkirk provando que idade só atrapalha quem respeita limites

Se o primeiro Anônimo era uma surpresa deliciosa, o segundo é a confirmação de que Bob Odenkirk não veio brincar de aposentadoria ativa.

Aqui a ação é mais seca, mais violenta e melhor coreografada, com menos piada e mais impacto físico. O filme não tenta reinventar nada — só faz o básico com precisão cirúrgica.

O grande truque é simples:
Odenkirk acredita que pode matar qualquer um na sala.
E você acredita junto.

Ação velha escola, sem vergonha, sem discurso. Só pancada bem filmada.


13. Avatar: Fogo e Cinzas

James Cameron lembrando todo mundo quem manda quando o assunto é espetáculo

Pode reclamar do roteiro.
Pode torcer o nariz para a duração.
Mas negar que Avatar: Fogo e Cinzas é ação de outro planeta é má fé.

Cameron transforma terra, água e ar em arenas de guerra visualmente hipnóticas. O novo conflito com o povo das cinzas traz um peso físico e simbólico maior, e as batalhas são coreografadas como óperas destrutivas.

Nada aqui parece improvisado.
Cada flecha, cada criatura, cada explosão existe por um motivo.

É cinema de ação como engenharia. Frio, grandioso e impossível de ignorar.


12. Predador: Badlands

O predador mais interessante desde que o silêncio virou arma

Depois de Prey, a franquia precisava escolher: repetir fórmula ou evoluir.
Badlands escolhe crescer.

Aqui o Predador não é só máquina de matar — é um guerreiro em crise, tentando provar valor dentro de uma lógica brutal. A ação é violenta, mas sempre a serviço da narrativa, e o filme entende algo essencial: o monstro só assusta quando tem código moral próprio.

CGI competente, direção segura e respeito ao legado sem virar museu.

Um raro caso de franquia que lembra por que nasceu.


11. Hierarchy

US$ 100 mil, bala real e zero desculpa

Hierarchy é a prova definitiva de que orçamento não cria tensão — direção cria.

Com estrutura clássica de “um último trabalho”, o filme constrói tiroteios secos, sujos e incrivelmente eficazes. Nada de câmera nervosa para esconder limitação: aqui tudo é claro, próximo e desconfortável.

Não tenta competir com Heat.
Mas chega perto o suficiente para causar inveja.

Filme pequeno, ambição grande e ação honesta.
Ignore o orçamento. Sinta o impacto.

 


10. Exterritorial

Quando o filme promete paranoia… mas escolhe o soco

Exterritorial começa como um thriller psicológico disfarçado de ação: uma mulher, um trauma, um filho que “talvez nunca tenha existido” e um prédio que vira território hostil. Por alguns minutos, parece que o filme vai bancar a ambiguidade até o fim.

Não banca.

E tudo bem — porque quando decide virar filme de ação direto, ele faz isso com competência absurda.

Jeanne Goursaud segura o filme no corpo. As lutas são próximas, sujas, filmadas em planos longos que deixam claro que é gente batendo em gente, não dublê escondido por corte nervoso. Tem perseguições claustrofóbicas e uma porradaria rara no streaming europeu.

O problema? Falta coragem de ir até o fim da ideia inicial. O mistério vira conspiração padrão rápido demais.

Ainda assim, é ação bem dirigida, honesta e tensa.
Melhor do que 90% do que a Netflix chama de “thriller”.


poster superman9. Superman

James Gunn lembrando que ação também pode ter leveza sem virar piada

Ninguém precisava de outro Superman.
Mas quando ele chegou… funcionou.

A ação aqui não é sobre destruir cidades — é sobre movimento, fluidez e propósito. James Gunn entende algo que muita adaptação esquece: Superman não é interessante quando é um deus. Ele é interessante quando escolhe ser humano.

David Corenswet traz peso físico sem rigidez. As cenas de ação são claras, bem coreografadas e surpreendentemente variadas. Não existe aquela sensação de “mais do mesmo” que costuma assombrar filmes do personagem.

E sim, até o cachorro entra em cena — e não estraga nada.

Ação limpa, divertida e confiante.
Filme que lembra que salvar o mundo também pode ser prazeroso de assistir.


8. Den of the Thieves: Pantera

Dudes rock cinema no seu estado mais puro

Gerard Butler segue reinando como imperador do cinema de ação trash respeitável.

Pantera entende o que faz a franquia funcionar:
– heists longos
– personagens que fumam demais
– diálogos cheirando a testosterona velha
– perseguições filmadas de verdade

Quando o filme pisa no acelerador, ele não solta. A perseguição de carros é daquelas que você sente no estômago — prática, suja, sem glamour.

Butler e O’Shea Jackson Jr. formam uma dupla estranha, mas magnética. Não tem moralismo. Não tem redenção limpa. Tem gente errada fazendo coisa errada com estilo.

Não é elegante.
É delicioso.


7. Motorista de Fuga

Ação competente presa num roteiro que derrapa feio

Aqui dói um pouco.

Motorista de Fuga tem tudo para funcionar: Samara Weaving, perseguições bem coreografadas, energia de filme de assalto… mas tropeça em algo básico: personalidade.

As cenas de ação até entregam adrenalina. O problema é o intervalo entre elas, recheado de diálogos que parecem escritos por algoritmo tentando imitar Tarantino com Wi-Fi fraco.

Weaving tenta segurar, mas o roteiro não ajuda. Personagens surgem e somem como se alguém tivesse esquecido de salvar o arquivo final.

Dá para ver.
Dá para curtir uma ou outra cena.
Mas é ação que passa rápido da memória.


6. Fight or Flight

Serra elétrica a 30 mil pés de altura

Esse aqui não finge ser inteligente.
E essa é a melhor decisão que poderia tomar.

Fight or Flight é um conceito absurdo levado até o limite do delírio: todo mundo no avião é um assassino, e Josh Hartnett resolve o problema com punhos, armas improvisadas e… uma serra elétrica.

A ação é constante, criativa e autoconsciente. Não existe pausa para respirar — o filme sabe que o público veio para ver caos em altitude máxima.

Hartnett abraça o exagero com alegria. O ritmo nunca cai. Quando você acha que já viu tudo, o filme sobe mais um degrau na insanidade.

Cinema de ação como parque de diversões violento.
Você não lembra do roteiro. Lembra das cenas. E isso basta.


5. Predador: Assassino de Assassinos

Animação que humilha muito blockbuster de carne e osso

Quem ainda acha que “animação não é cinema” deveria ser jogado direto na arena final desse filme.

Predador: Assassino de Assassinos é ação em estado primitivo e estilizado. Dan Trachtenberg entende o monstro melhor do que qualquer diretor desde 1987 e faz algo óbvio que ninguém teve coragem antes: transformar o Predador em mitologia violenta.

Cada segmento é um presente:
– Vikings em plano-sequência sangrento
– Samurai duelando em telhados
– Combate aéreo da Segunda Guerra
– Gladiadores morrendo com honra e tripas expostas

A animação não suaviza nada — pelo contrário, potencializa. A violência tem peso, ritmo e identidade visual própria. Não é nostalgia. É reinvenção.

Um dos filmes de ação mais criativos da década.
E uma aula de como usar franquia sem tratá-la como cadáver.


4. Missão: Impossível – O Acerto Final

Tom Cruise encerrando o corpo antes que ele encerre o cinema

Esse filme não é perfeito.
Mas é honesto até doer.

Aqui não existe mais ironia, piscadinha ou charme leve. Missão: Impossível – O Acerto Final é ação séria, quase melancólica, como quem sabe que essa pode ser a última dança.

A sequência do submarino é puro terror físico. Silêncio, pressão, claustrofobia. Depois, o biplano — talvez o momento mais insano da franquia inteira — onde Cruise literalmente se pendura no próprio legado.

Christopher McQuarrie filma ação como destino inevitável, não como espetáculo vazio. Cada cena tem risco real. Cada escolha pesa.

Não é o mais divertido da franquia.
É o mais intenso.
E provavelmente o mais honesto.


3.The Old Woman with the Knife

A assassina idosa que faz John Wick parecer jovem aprendiz

Sinopse: Uma matadora veterana, já no “fim de carreira”, precisa lidar com um novo mundo de assassinos — e com o peso do próprio legado.

Por que está aqui:
Porque esse filme é a prova de que ação não precisa de superpoder, multiverso ou 200 milhões. Precisa de presença. E Lee Hye-young entrega uma protagonista com aura de lenda: cansada, perigosa e eficiente — do tipo que mata sem pressa, como quem está lavando louça.

A sacada não é só “velha violenta” (embora isso já seja maravilhoso). É o contraste entre corpo que carrega o tempo e uma violência que continua afiada. O filme usa o esquema mestre/aprendiz, mas sem virar fábula motivacional. Aqui, o mundo não respeita ninguém — e ela respeita menos ainda.

É brutal, direto, e tem aquela energia rara: ação com amargura, como se cada golpe viesse com memória embutida.

Um dos filmes mais violentos (e mais estilosos) do ano.
E uma aula de como envelhecer no gênero sem virar piada.


2. Warfare

Quando a ação não quer te entreter — quer te ferir

Chamar Warfare de “filme de ação” é quase ofensivo.
Mas os tiroteios estão ali. E são os mais brutais de 2025.

Alex Garland e Ray Mendoza não constroem espetáculo. Eles constroem experiência traumática. Cada disparo é seco. Cada movimento é confuso. Não existe heroísmo. Não existe trilha inflando emoções.

Aqui a ação não é catarse.
É desgaste.
É medo.
É erro.

Você não sai empolgado. Sai cansado. E esse é o ponto.

Filme que redefine o limite ético do gênero.
Não é prazeroso. É necessário.


uma batalha apos a outra poster1. Uma Batalha Após a Outra

Paul Thomas Anderson descobrindo que ação também pode sangrar ideologia

Ninguém esperava PTA aqui.
E talvez nem ele.

Mas Uma Batalha Após a Outra prova que ação não precisa ser burra para ser violenta — e não precisa ser violenta para ser política.

As cenas são longas, tensas, sufocantes. Helicópteros, perseguições, tiros e explosões não existem para empolgar: existem para desestabilizar.

O som é um personagem. O enquadramento gruda no asfalto. A câmera quase tropeça junto com os personagens. Tudo parece sempre à beira do colapso.

Ação que não te faz vibrar — te deixa inquieto.
Um dos filmes mais fisicamente angustiantes do ano.