Os 25 Melhores Filmes de 1995

O Cinema de Buteco realizou uma votação muito especial para escolher os 25 melhores filmes de 1995. Qual é o seu favorito?

Melhores Filmes de 1995 - Fogo Contra Fogo destaque

VOCÊ SE LEMBRA DO CINEMA DE 1995? Recentemente publicamos uma lista com algumas das recordações mais legais dos filmes lançados há 20 anos. Alguns leitores se empolgaram tanto com o resultado que pediram por uma lista diferente e que mostrasse apenas os melhores filmes daquele ano.

Demorou um pouquinho para ficar pronto, mas finalmente reunimos todos os votos e preparamos um material bem especial para servir de guia definitivo do cinema de 1995. Agradecemos aos participantes e especialmente aos leitores Itamar Costa, Letícia Pinho e Mayara Gonçalves que pediram por essa lista.

Um ano histórico: conheça os 25 melhores filmes de 1995.

Clique aqui para conferir as listas individuais e saber quem participou!

Poster 1995 Showgirls

25- Showgirls, de Paul Verhoeven

“Imagino o seu choque ao ver logo de cara aquele que é considerado por muitos como o pior filme de todos os tempos numa lista de melhores filmes de 1995. Pode até pensar que o pessoal do Cinema de Buteco realmente faz questão de beber muito antes de escrever os artigos. No entanto, Showgirls merece fazer parte de nossa lista não apenas por ter a assinatura de Paul Verhoeven, mas por ser uma grande piada com a maneira de se fazer cinema. Oras, não existe nada capaz de defender o longa-metragem, mas e se a obra tiver sido produzida justamente com essa intenção de pegar atores abaixo do medíocre e servir como uma paródia de toda a indústria? Nesse ponto, os haters precisam torcer o nariz, e aceitar que Verhoeven fez um excelente trabalho.”

Tullio Dias

Showgirls não apenas passa muito, mas muito, ao largo da ruindade, como é um filme de rara sensibilidade, de qualidades latentes e até bem evidentes. Um grande filme, até arriscaria dizer, que se peca em algo, é em apostar na capacidade do espectador de furar as camadas mais evidentes e prestar atenção nas entrelinhas e sutilezas.”

Marcelo Muller, do site Papo de Cinema.

Nada melhor que o tempo para acalmar o temperamento coletivo, que sempre reavalia o seu (des)entusiasmo quando o calor do momento se dissipou. Se Instinto Selvagem já tinha escandalizado a Hollywood noventista, a dupla Paul Verhoeven e Joe Eszterhas se livrou de todas as amarras três anos depois com Showgirls, até hoje o maior sucesso comercial de um filme lançado com a classificação NR-17, geralmente associada a produções pornográficos. Na jornada circular da heroína nada convencional Nomi Malone (Elizabeth Berkley, fazendo bom uso de sua canastrice), há uma cafajestice de contagiar até mesmo o dono do coração, impregnado principalmente em diálogos e interações eróticas impagáveis. Um luxo!

Alex Gonçalves, editor do site Cine Resenhas


Poster Razão e Sensibilidade Sense and Sensibility 199524- Razão e Sensibilidade, de Ang Lee


 

“O trabalho de reconstituição de época é primoroso, em todos os detalhes – a sensação que realmente estamos vendo algo filmado no século passado. Os figurinos também estão incríveis. Mas sem dúvida o grande destaque fica para a direção de arte que além de encontrar locações perfeitas, desenvolveram cenários lindos para cada momento do longa.”

 

Kadu Silva, do site CCINE10

“Ang Lee é o diretor de uma das melhores adaptações da obra de Jane Austen para os cinemas.”

Ivan Magalhães

Alternando entre planos gerais que valorizam as paisagens e closes que realçam as atuações, Ang Lee aposta numa direção clássica e sem muitos invencionismos para transformar em imagens o excelente roteiro de Emma Thompson. Apesar disto, o diretor emprega interessantes movimentos de câmera que ajudam a transmitir as sensações que deseja.

Roberto Siqueira, do site Cinema e Debate

Poster As Pontes de Madison The Bridges of Madison County 199523- As Pontes de Madison, de Clint Eastwood

“Está pronto para a sessão de lágrimas? Pois é isso que vai acontecer ao assistir As Pontes de Madison, do diretor Clint Eastwood, que depois de largar os tipos truculentos da série Dirty Harry, mostrou toda a sensibilidade atrás das câmeras. Além de dirigir, ele dá vida ao personagem Robert, um fotógrafo que percorre o mundo por sua profissão, até chegar numa cidadezinha para fotografar as tais pontes do título, é então que conhece Francesca, ninguém menos que Meryl Streep, estupenda como sempre, que leva uma vida simples, sem perspectiva, mas satisfatória, com seu marido e filhos. Não, não pense que está diante de um filme de amor comum, o enredo pode ser clichê, mas os contornos criados pelo habilidoso diretor ao longo da projeção vai fazer você repensar sobre o tema. Veja sem julgamentos e surpreenda-se com um dos filmes mais emocionantes da história do cinema. “

Juliana Uemoto

“É um bom filme apesar de simples e sem muitos recursos, de uma época que dois atores e um bom texto já bastavam para fazer um clássico tanto que a história rendeu algumas versões teatrais, talvez não muito expressivas ao falar de um assunto que já não faz mais parte da nossa realidade atual.”

Loverci Ferreira, do site CCINE10

Poster Rápida e Mortal The Quick and the Dead 199522- Rápida e Mortal, de Sam Raimi

“Filmar western em pleno ano de 1995 pôde ser considerado, além de sinal de resistência, atitude fetichista. Sam Raimi, então um diretor de afamada carreira no cinema mais ligado ao terror, incursiona pelo oeste selvagem resgatando esse gênero que tanto contribuiu não apenas para a consolidação dos EUA como potência cinematográfica, mas para a própria linguagem do cinema. Sabe-se lá por que, o público passou a não mais responder nas bilheterias aos chamados vindos das pradarias, dos ranchos, dos valorosos e crápulas pistoleiros apresentados na tela. Ou seja, trazer de volta o western sabendo do provável fracasso nas bilheterias é, além de declaração de amor, por que não, um ato político.”

Marcelo Muller, do site Papo de Cinema

“Sharon Stone é a protagonista de um western sensacional que ainda tem Russell Crowe e Leonardo DiCaprio no elenco. Isso sem falar da direção sempre interessante de Sam Raimi. Uma obra obrigatória para os fãs do gênero.”

Tullio Dias

Os Ultimo Passos de um Homem - Melhores Filmes de 199521- Os Últimos Passos de um Homem, de Tim Robbins

“Forte, pungente, arrebatador, Os Últimos Passos de um Homem é assim, um filme que incomoda, que toca fundo nas feridas. O enredo conta a história da freira Helen que, atendendo ao pedido de Matthew, um condenado a pena de morte, acompanha seus últimos dias de vida. A religiosa vivida pela sempre competente Susan Sarandon vive um dilema existencial, chegando até duvidar da sua fé e do seu papel como líder espiritual. Em contrapartida Sean Penn em mais uma atuação visceral, representa o detento que precisa ser eliminado da sociedade que causou dor, seu rosto marcante parece inclusive reforçar uma brutalidade latente. Esta é só a premissa para o diretor Tim Robbins esmiuçar sobre a natureza humana e a questão da pena de morte dentro do contexto da sociedade cristã norte-americana. Está preparado para a polêmica e para rever preconceitos? Pague o ingresso e não vai se arrepender! O fato é que independentemente da crença ou opinião ninguém sai imune a esse drama.”

Juliana Uemoto

Os Últimos Passos de um Homem é daqueles filmes que ficam em nossa cabeça, retornando em uma frase, uma cena, um olhar. Tocante, envolvente, denso. Principalmente por não tomar partido. As cartas são postas na mesa e cabe ao espectador tomar suas próprias conclusões.”

Amanda Aouad, do site Cine Pipoca Cult

Poster Empire Records Império dos Discos 199520- Empire Records, de Allan Moyle

“Assim como O Clube dos Cinco e vários outros clássicos da juventude, Empire Records retrata os jovens dos anos 90. Estranhamente mais reverenciado hoje do que em seu lançamento, em 1995, o filme tem o mérito de trazer as então mocinhas e lindas Liv Tyler e Renée Zellweger, além de uma seleção musical fantástica que conta com AC/DC, The The, Edwyn Collins, Cranberries, Gin Blossoms, Dire Straits e várias outras bandas que nunca despontaram, mas ao menos uma música boa elas lançaram. Exatamente a da trilha. Se o calor e a simpatia da história não te tocarem, ao menos escute as músicas. “SugarHigh” está na minha playlist diária.”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

“Se eu precisasse recomendar para alguém um filme parecido com Alta Fidelidade, provavelmente falaria de Empire Records. A obra totalmente desmiolada é um claro exemplo do quanto a paixão pela música e pela nossa fase adolescente afeta nosso julgamento sobre o que é bom ou ruim. E nesse caso, sinceramente, o que importa de verdade é toda a diversão que o longa-metragem oferece.”

Tullio Dias

“Partindo de uma premissa simples, porém interessante, Empire Records utiliza-se de uma formula que estava em alta nos anos 90: filmes que envolvem jovens com bandas ou tem a musica como elemento primordial. E Empire Records não foge a regra apoiando-se na trilha sonora, em citações musicais, metalinguagem, além do já citado elenco jovem.”

Marcelo Rodrigues

19- Um Sonho Sem Limites, de Gus Van Sant

“Como não podia deixar de ser, a direção primorosa de Gus Van Sant tira o melhor de cada ator.”

Tullio Dias

“Colocando Van Sant e Kidman à prova, Um Sonho Sem Limites se tornou um dos trabalhos mais respeitados da filmografia de ambos, angariando indicações e prêmios, incluindo um Globo de Ouro para Kidman. Independentemente das dúvidas, a dupla construiu um filme e uma personagem inesquecíveis, que continuam atuais e relevantes. O roteiro de Buck Henry possui frases memoráveis, sendo uma especial quando Suzanne diz: “Você não é alguém, se você não está na televisão.”. Digna de um programa sensacionalista, Suzanne Maretto faria loucuras se vivesse na era das redes sociais.”

Marcelo Muller, do site Papo de Cinema

Gus van Sant prestou uma contribuição imensa ao cinema independente americano pelo registro bem próximo de indivíduos marginalizados, como os de Drugstore Cowboy e Garotos de Programa. Entre o início de carreira promissor e a consagração com Gênio Indomável, houve Um Sonho sem Limites, um filme nem sempre lembrado como deveria. Com base em um romance de Joyce Maynard, o diretor teceu um retrato explosivo sobre o fascínio pelo sucesso midiático em uma época em que a tevê ainda não viabilizava obsessivamente os seus realities shows e quadros com celebridades instantâneas. Tudo narrado com humor negro e uma Nicole Kidman que fisga o seu papel com uma malícia avassaladora.

Alex Gonçalves, editor do site Cine Resenhas

Melhores Filmes de 1995 - A Beira da Loucura18- À Beira da Loucura, de John Carpenter

“Carpenter oferece ao espectador um curioso jogo de metalinguagem ao deixar claro que tudo que acontece na tela não passa da encenação do livro mais recente do escritor apresentado na trama.”

Tullio Dias

“O primeiro filme de John Carpenter que me recordo ter assistido me deixou um tanto atordoado. Até hoje, não sei se gostei ou não, mas não posso negar que me causou uma impressão forte. Qualquer dia, tomo coragem e assisto a ele novamente. Mas com as luzes acesas.”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

Poster Patricinhas de Beverly Hills Clueless 199517- As Patricinhas de Beverly Hills, de Amy Heckerling

As Patricinhas de Beverly Hills foi um dos primeiros filmes a prosperar na arte de transformar a crítica aos comportamentos adolescentes em uma mistura inteligente de sátira e indulgência. Como seus filhos Meninas Malvadas (2004) e A Mentira (2010), ele jamais se propôs a tocar na vertente existencial da adolescência (como John Hughes fazia tão bem), e sim apontar de forma irônica e até mordaz a mistura entre intensidade e superficialidade que é vivida durante a adolescência. Baseado em Emma, de Jane Austen, Patricinhas se garante como um clássico descompromissado para qualquer adolescente – sejam os populares, excluídos, drogados, atletas ou wannabes. Alicia Silverstone nunca esteve tão linda, Brittany Murphy nos oferece bem mais do que os papéis de loira boba que fez nos últimos anos de sua vida e Paul Rudd (com cara de quem nem tinha nascido ainda) é o mocinho que toda Cher gostaria de encontrar — apesar da leve sugestão de incesto.”

Rachel Brandão, do site Judão e Audiograma

“Uma nova adaptação de Emma, livro de Jane Austen publicado em 1816, não poderia ter tanto frescor e acidez quanto As Patricinhas de Beverly Hills. Com uma Alicia Silverstone no auge e um Homem-Formig… Ops, Paul Rudd em ascensão, o filme, além da engraçado, faz troça com 90% das comédias voltadas para o público adolescente que o precederam.”

Marcus Alves

“A comédia estrelada por Alicia Silverstone é um divertido retrato sobre ser jovem, rico e fútil, e de como nossas vidas se transformam quando nos apaixonamos.”

Tullio Dias

Poster Don Juan DeMarco 199516- Don Juan DeMarco, de Jeremy Leven

“Em 1994, na cidade de New York, Don Juan (isso mesmo o famoso amante espanhol) tenta se suicidar por causa de um amor não correspondido. O enredo inicialmente absurdo esconde um filme encantador, repleto de romantismo e lirismo, que ainda tem o mérito de reunir o mito Marlon Brando, na pele do psiquiatra Doutor Jack que ajuda o amante a superar o trauma, Johnny Depp, personificando o latin lover, e a eterna pantera Faye Dunaway, como Marilyn, a esposa do médico. Esta relação com o ilustre paciente vai mudar a visão de Jack sobre o amor e, consequentemente, transformar seu casamento. Prepare-se para se apaixonar por esse delicioso conto de fadas! Surpreendente ainda é assistir a um Marlon Brando leve, divertido, bem distante daquele carrancudo que ficamos acostumados a ver, uma verdadeira lição de interpretação. “

Juliana Uemoto

Don Juan deMarco é um conto de fadas para gente grande. Tem o herói, o vilão e a fantasia. Mexe com nossa imaginação e credulidade. A mistura do real e do fantasioso é feita de forma única, banhada a ouro pela atuação de Johnny Depp e Marlon Brando. Ambos em defesa do amor, ironicamente verdadeiro. Com certeza um clássico do Cinema; desses que, no passado, a fita estragava na locadora de tanto ser reproduzida.”

Cassio Gabus

“Um filme que tem um quote desses: ‘Sadly, I must report that the last patient I ever treated, the great lover Don Juan DeMarco, suffered from a romanticism which was completely incurable, and even worse, highly contagious.’ merece todo o meu carinho e amor.”

Tullio Dias

Poster Kids 199515- Kids, de Larry Clark

“Confesso que sou um dos detratores de Larry Clark. Não consigo sequer considerar grande parte de seus filmes como obras sérias, acho-os apenas insistentes ‘shockfests’ gratuitos. Mesmo assim, Kids merece todas as loas por ser uma experiência crua e deveras realista. Depois disso, Clark se perdeu.”

Marcus Alves

De 1995 a 2007 Kids foi um fantasma, aquele filme que todos os amiguinhos falavam que tinham assistido e que era foda demais, mas que eu nunca tinha tido interesse em assistir, fui vê-lo bem mais tarde. E bem, mais uma vez temos aqui uma obra que marcou época.

Joubert Maia

Um retrato frio sobre como é a vida a partir da perspectiva de adolescentes comuns e/ou um pouco desajustados. O tom documental da obra funciona para que o espectador não recrimine tanto alguns atores medíocres e admire o talento de outros nomes que estavam iniciando a carreira na ocasião, como Chloë Sevigny e Rosario Dawson. Ao lado de Réquiem para um Sonho e Trainspotting é um must-see para quem se interessa por obras sobre comportamento de jovens e drogas.

Tullio Dias

Poster Despedida em Las Vegas Leaving Las Vegas 199514- Despedida em Las Vegas, de Mike Figgis

“O alcoólatra Ben, interpretado por Nicolas Cage, decide beber até morrer em Las Vegas depois de mais um fracasso. Sera, Elisabeth Shue, é uma prostituta que trabalha para um violento cafetão. O que pode acontecer quando essas duas pessoas se encontram? Esse é o eixo do deprimente Despedida em Las Vegas. Obra que retrata duas pessoas solitárias que perderam a esperança na vida, e que encontram um no outro uma forma de aliviar o peso de suas existências miseráveis. Um filme duro e difícil de engolir, Despedida é triste, pesado, aqui não existe espaço para a compaixão e o autoperdão, ao contrário, o personagem de Nicolas tem um único objetivo na sua vida atual: provocar sua própria morte. Por isso se não estiver bem, não assista, anote e guarde para outra sessão, pois vale a pena ver as ótimas performances de Nicolas Cage e Elisabeth Shue. “

Juliana Uemoto

“Muitos afirmam que esta é a última grande performance de Nicolas Cage. Ledo engano, pois meio aos risíveis arroubos de mediocridade temos ótimas atuações do talentosíssimo sujeito em películas recentes (Kick-Ass, Bad Lieutenant e Joe). No entanto, nenhuma destas têm a força de seu maníaco-depressivo Ben Sanderson em Despedida em Las Vegas. Puro ouro.”

Marcus Alves

“Clássico da depressão, Despedida em Las Vegas é a prova cabal que essa onda duradoura de bombas não representa o talento de Nicolas Cage, que ganhou o Oscar e o Globo de Ouro por esse filme, além de vários outros prêmios e indicações. O diretor e roteirista Mike Figgis nunca voltou a fazer nada tão memorável, mas só por esse trabalho já merece uma nota na história dos anos 90. E que trilha sonora!”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

“Além de ser um ótimo drama e romance, este filme é a prova definitiva de que existe um excelente ator por trás dos trejeitos e caretas de Nicolas Cage.”

Michael Anderson

Poster Apollo 13 199513- Apollo 13, de Ron Howard

“Após ganhar dois Oscars em sequência, Tom Hanks mostrou que ainda tinha mais uma carta na manda em uma performance memorável neste excelente filme espacial da missão espacial que nos trouxe o bordão “Houston, we have a problem”.”

Michael Anderson

Ron Howard é um diretor acostumado a produzir filmes que retratam eventos reais que aconteceram durante a sua infância ou ao longo de sua vida. Outra característica comum do cinema do diretor é a relação do homem com a máquina, como é o caso do excelente Apollo 13. São mais de duas horas de duração, com a ação se desenrolando nas salas de controle da NASA e a bordo da excursão espacial que dá muito errado. Tom Hanks, Ed Harris, Bill Paxton e Kevin Bacon fazem um trabalho excepcional e que faz com que o espectador sequer note o tempo passando.”

Tullio Dias

Poster Basketball Diaries Diários de Adolescente 199512- Diário de Um Adolescente, de Scott Kalvert

“Um marco na carreira de Leonardo DiCaprio, em que o ator vive um jovem que salta de uma vida repleta de sonhos, para uma aventura num mundo sombrio traçado por drogas, crimes e prostituição. Esse filme apresenta de maneira áspera os pólos de realidades em que vivemos, focando no universo bárbaro do submundo.”

Juliana Vannucchi

“Para alguns, não existe Leonardo Dicaprio antes de Titanic. Vamos ser sinceros: o ator ganhou fama mundial no blockbuster de James Cameron mesmo. Mas se tem um filme em que ele dá um show de atuação é Diário de um Adolescente. A história é dura e intensa, mas ele está tão bem que vale a pena toda a gritaria, choro e violência que vemos na produção. Sem dúvidas, um dos melhores papéis de DiCaprio.”

Dani Pacheco

Poster A Exêntrica Família de Antonia Antonia's Line 199511- A Excêntrica Família de Antônia, de Marleen Gorris


“Belo e comovente no seu último ato, A Excêntrica Família de Antônia recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1995. Merecido prêmio para um filme excepcional.”

João Paulo Andrade

“Um filme atemporal cujo roteiro reflexivo e simbólico causa uns nós na cabeça do espectador. A história é filosófica, e possui sua atmosfera concretizada por uma dose de drama e uma pitada caprichada de bizarrice. Definitivamente é um dos mais elogiáveis filmes de 95, e talvez de toda a década de 90.”

Juliana Vannucchi

Poster Jumanji 199510- Jumanji, de Joe Johnston

Se você cresceu durante a década de 90, esse é um filme que com certeza marcou a sua infância. Mas também, independente da sua idade, se você assistiu Jumanji, provavelmente não esqueceu mais dele. Afinal, essa obra marcante convida o espectador a fazer uma viagem incrível! É sempre bom assisti-lo novamente e se divertir com aquele tabuleiro maluco que assegura um clima onírico e criativo da produção estrelada por Robin Williams.

Juliana Vannucchi

“Este aqui tem cheiro de nostalgia. Deliciosamente assustadora na infância, esta aventura lançada em 1995 sobreviveu ao tempo e manteve-se como um dos marcos do Cinema na década. Por vezes habituado a interpretar personagens cuja maturidade não é característica marcante – pelo contrário; e ainda bem -, aqui o saudoso Robin Williams recebe a missão de encabeçar uma relação quase patriarcal de proteção às crianças com ele envolvidas num jogo de tabuleiro perigosíssimo.

Se gerações mais antigas cresceram com Os Goonies, posso considerar-me igualmente feliz por ter Jumanji como seu equivalente em minha geração.”

Leonardo Lopes

Jumanji é mais que uma obra que evoca a minha infância e todas aquelas brincadeiras de tabuleiro numa época em que nem mesmo o Super Nintendo era extremamente popular. Ainda hoje consegue prender nossa atenção e nos transportar para uma realidade fantástica.”

Tullio Dias

Poster A Princesinha Little Princess 19959- A Princesinha

Uma trama delicada e comovente que é arquitetada sob um pano de fundo mágico e fantasioso. No aspecto técnico, a fotografia e a direção de arte ganham destaque e asseguram um visual harmônico e intenso para a história.

Juliana Vannucchi

“Se tem um filme que marcou minha infância foi esse. Inocente e comovente, o filme de Alfonso Cuarón é um pouco como Cinderela; um conto de fadas sobre uma garotinha que é separada do pai, é mal tratada em uma escola e acaba descobrindo que o homem está vivo e volta pra casa. Como esquecer?”

Dani Pacheco

Poster The Usual Suspects Os Suspeitos 19958- Os Suspeitos, de Bryan Singer

“Grande parte das pessoas que assistem ao filme acreditam que ver pela segunda vez pode ajudar a compreender todas as peças lançadas pelo roteiro e pela direção, como se isso pudesse solucionar o mistério antes das últimas cenas. Na minha opinião, é uma doce ilusão. Os Suspeitos pode ser visto várias vezes e não vai deixar de surpreender.”

Aline Monteiro

“Fale o que quiser de Bryan Singer. Comente sobre sua polêmica vida pessoal ou sobre como o homem concebeu a adaptação de determinados mutantes dos quadrinhos para o universo cinematográfico. Contudo, jamais, jamais, dispare impropérios sobre Os Suspeitos. Além de um roteiro brilhante — cortesia do laureado Christopher McQuarrie — e atuação impecável do sempre competente Kevin Spacey, o filme é muitíssimo bem dirigido por Singer e editado com primor por John Ottman, um usual colaborador do cineasta.”

Marcus Alves

“Ainda tem gente que me pergunta o final de Os Suspeitos até hoje. O que aconteceu de fato? O que foi inventado? Só sabemos de uma coisa ao certo: Keyser Soze é um gênio. E seu maior truque, como o diabo, foi convencer o mundo de que ele não existe. Os parceiros Bryan Singer (diretor) e Christopher McQuarrie (roteirista) apareceram para o mundo aqui, e até hoje estão nas manchetes cinematográficas. No elenco, não tem um que destoe, com destaque para o oscarizado Kevin Spacey, além do ótimo Gabriel Byrne roubando algumas cenas.”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

“Um dos finais mais surpreendentes do cinema que revelou o potencial do diretor Bryan Singer e fez mais uma vez brilhar a estrela de Kevin Spacey.”

Michael Anderson

Poster Cassino Casino 1995

7- Cassino, de Martin Scorsese

“Como é de costume de Scorsese, há fortes e sangrentas cenas, com direito a um torno mecânico esmagando uma cabeça. Para quem já está habituado, coisa light. Eu não sou muito fã. Não é nem de longe o banho de sangue de Os Bons Companheiros. Mas é um pouquinho pesado. Não recomendo fazer refeições durante o filme.”

Priscila Armani

“Reunir Martin Scorsese, Robert De Niro e Joe Pesci com o escritor e roteirista Nicholas Pileggi, ninguém menos que o autor de Os Bons Companheiros, só podia dar em coisa boa. Mais uma história interessante, cheia de reviravoltas, e ainda conta com Sharon Stone no auge de seu talento e beleza, além de uma participação inspirada de James Woods. Você nunca fica por cima pra sempre, e entendemos isso com a ótima história de Ace Rothstein, ligeiramente inspirada em algumas das figuras icônicas de Vegas.”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

Poster 12 Macacos 12 Monkeys 19956- Os 12 Macacos, de Terry Gilliam


“Um garoto viu um homem morrendo enquanto era criança e esse homem era, na verdade, ele mesmo? Oi? Os 12 Macacos aparenta ser um bicho de sete cabeças, mas não tem nada disso. Por mais complexo que seja, esse suspense incrível de Terry Gillian é cativante e instiga a nossa curiosidade do início ao fim. E o fim, que confirma a volta em círculos do personagem principal em sua tentativa de evitar a disseminação de um vírus mortal, é simplesmente genial.”

Dani Pacheco


“Um Bruce Willis do futuro e um Brad Pitt malucão compõem essa ficção-científica criativa, cheia de viagens no tempo e roteiro bem amarrado.”

Lucas Paio

“Assim como em seu outro clássico, Brazil, o enredo de Os 12 Macacos pode apresentar-se de maneira um tanto confusa aos espectadores. Todavia, o esmero no visual, o conceito bem elaborado e os plot twists de cair o queixo fazem com que a obra se destaque na filmografia do ex-Monty Python.”

Marcus Alves

“Terry Gilliam, viagem no tempo, Brad Pitt loucaço e macacos. Essa é a fórmula de uma das melhores ficções científicas da década, que trazia uns conceitos interessantes e uma trama que por vezes deixava todo mundo no ar, sem entender quem era o personagem de Bruce Willis direito. Seria apenas outro louco?”

Marcelo Seabra

“Com uma aparência de doido de dar nó, e interpretando um personagem bastante perturbado, Brad Pitt é um dos principais trunfos do sci-fi estrelado por Bruce Willis e dirigido por Terry Gilliam. Foi por causa do maluco beleza Jeffrey Goines que Pitt levou a sua primeira (e merecida) indicação ao Oscar.”

Tullio Dias

Poster Braveheart Coração Valente 19955- Coração Valente, de Mel Gibson

“Mel Gibson esbanjou talento dos dois lados da câmera neste épico que emocionou o mundo e provou que nem sempre o protagonista precisa sobreviver para alcançar a vitória.”

Michael Anderson

“Difícil ter um filme que tenha uma palavra que consiga resumi-lo tão rápido e bem quanto Coração Valente. Ou você consegue pensar em “liberdade” sem lembrar imediatamente dos momentos finais da produção?”

Tullio Dias

Guerras, pau quebrando, heroísmo, bravura e Mel Gibson. Precisa de mais?

Joubert Maia

Poster Heat Fogo Contra Fogo 19954- Fogo Contra Fogo, de Michael Mann

“O grande encontro entre Al Pacino e Robert De Niro, em lados opostos da lei, prometia muito. E Michael Mann cumpriu, com muita violência, diálogos ágeis e uma fotografia fantástica. Os atores vieram a se encontrar novamente no Cinema, com As Duas Faces da Lei, mas nada aos pés do duelo travado em 1995. “You’re going down”, disse Pacino a De Niro, e os dois mostraram o que sabem fazer melhor. Nem precisava de tanta gente boa no elenco de apoio, como Val Kilmer, Jon Voigt, Tom Sizemore e até Natalie Portman, em seu segundo papel.”

Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro

“Depois de O Poderoso Chefão II, o tão esperado reencontro entre Al Pacino e Robert De Niro finalmente tomou forma neste filme policial recheado de nitroglicerina.”

Michael Anderson

“Assistir ao encontro de De Niro e Pacino sob direção de um cineasta competente como Mann é uma experiência inesquecível. Daquelas que ficam em nossa memória por muito tempo, assim como a vontade de separar um tempinho apenas para rever o filme inteiro.”

Tullio Dias

Poster Toy Story 19953- Toy Story, de John Lasseter

“Ao infinito e além” nasceu como o bordão de Buzz Lightyear, mas poderia muito bem descrever a influência de Toy Story e das mentes brincalhonas e geniais por trás da obra.”

Lucas Paio

“E se todos os seus brinquedos ganhassem vida quando estivessem longe da presença humana? Como eles se sentiriam? O que eles já teriam visto que mais ninguém no mundo viu? A já clássica animação Toy Story levanta estas e outras questões que antes faziam parte apenas das mentes mais criativas.”

Joubert Maia

“Divertido e espetacularmente inovador, Toy Story apresentou ao mundo o brilhantismo da Pixar, personagens inesquecíveis e, de quebra, transformou completamente o status quo dos filmes de animação. Um marco histórico e definitivo.”

Marcus Alves

“A animação em estado da arte feita pela Pixar nos presenteou com a emocionante história da vida dos brinquedos que transcorre enquanto não estamos olhando.”

Michael Anderson

Se7en 19952- Se7en – Os Sete Crimes Capitais, de David Fincher

Visceral, cruel, causador de agulhadas aflitivas na alma. Este é Se7en, filme que redefiniu seu gênero e gerou inúmeros ‘replicantes’ — sendo que a maioria, por mais que tente e apele para meios escusos (sim, Jogos Mortais, estou falando de você) falha miseravelmente em replicar a potência narrativa e visual desta obra de Fincher.

Marcus Alves

“Brad Pitt já vinha fazendo alguns trabalhos interessantes, como Mundo Proibido, Kalifornia e Entrevista com o Vampiro. Umas coisas românticas também, como Nada É Para Sempre e Lendas da Paixão, além da tão comentada ponta em Thelma e Louise. Mas Seven trouxe muita atenção e, o mais importante, muito respeito. Kevin Spacey era uma estrela em ascensão e Morgan Freeman já estava mais do que consagrado, e somou-se a pouco conhecida Gwyneth Paltrow. David Fincher, conhecido por clipes e Alien 3, se mostrou para o mundo e soube aproveitar a nova fama, ao contrário do sumido roteirista Andrew Kevin Walker, tido então como uma grande promessa. Independente do que estejam todos eles fazendo hoje, Seven já é um clássico policial do nosso tempo.”

Marcelo Seabra

“Se alguém ainda duvidava do talento de Brad Pitt, esta é a prova incontestável que nos foi dada através de um dos melhores thrillers de todos os tempos.”

Michael Anderson

“Um dos meus filmes prediletos de todos os tempos sem ser apenas da última semana, Seven – Os Sete Crimes é como um vinho que fica melhor a cada ano. Ok. Eu não entendo droga nenhuma de vinho porque o meu negócio é cachaça, mas entendo o suficiente de cinema para dizer que o longa-metragem de David Fincher é um clássico moderno que merece ser visto urgentemente por todos aqueles que ainda não tiveram o prazer de descobrir o motivo dele ser tão especial assim.

Tullio Dias

Poster Antes do Amanhecer Before Sunrise 19951- Antes do Amanhecer, de Richard Linklater

“Primeiro de uma trilogia concebida com muita sutileza, Antes do Amanhecer é o romance dos ‘slackers’ e o maior triunfo cinematográfico da carreira de Richard Linklater até hoje. Sim, maior do que o ótimo Boyhood.”

Marcus Alves

“Um filme em que sua maior atração são dois protagonistas e seus diálogos precisa ser muito bom para nos prender e ‘Antes do Amanhecer” é um ótimo exemplo disso.”

Michael Anderson

“Foi aqui que Jesse e Celine se encontraram: em um trem na Europa. Eles se conhecem, passam o dia juntos em Viena e mudam suas vidas para sempre depois disso. No primeiro capítulo dessa belíssima história de amor, vemos Ethan Hawke e Julie Delpy interpretando jovens apaixonados e empolgados com a vida, mas que ainda têm muito o que aprender e amadurecer. E posso dizer que acompanhar essa jornada sincera e desimpedida deles é um dos maiores prazeres que já tive no cinema. E isso se repete nos outros dois filmes.”

Dani Pacheco

Antes do Amanhecer foi lembrado por boa parte da turma que votou para eleger os melhores filmes de 1995. Considerando tudo que o Cinema de Buteco é, é um resultado até previsível. Não sou o único que já fez questão de declarar meu amor pela trilogia de Richard Linklater: Nathália Pandeló, Daniela Pacheco e Larissa Padron também tem culpa no cartório, e esse amor todo que nós e muitos de vocês, leitores lindos e cheirosos, sentimos pela história de amor de Celine e Jesse. É difícil escolher um filme para ser o “melhor”, afinal são três obras preciosas sobre um romance que cresce junto do espectador, mas o que me chama a atenção nessa primeira parte é a ingenuidade dos protagonistas e o jeito tímido com que cada um tenta ir se aproximando do outro. É apaixonante. Também gosto bastante de como as coisas acabam e nos deixam imaginando se eles chegaram a se encontrar novamente um dia. Antes do Amanhecer é uma obra indispensável para os cinéfilos e recompensadora para quem conseguir vencer todo o excesso de diálogos que podem deixar algumas pessoas entediadas a princípio, mas depois é impossível não se render ao carisma dos personagens e o seu romance.

Tullio Dias