Se você achava que Angelina Jolie só se emocionava com explosões em câmera lenta ou adotar mais filhos do que países têm PIB, prepare-se para a revelação que sacudiu as estatuetas do Oscar: a atriz se derreteu todinha por um número musical dos anos 1940 protagonizado por ninguém menos que Fred Astaire – sim, o tiozão que fazia sapateado parecer coisa de Jedi com lantejoulas.
Em entrevista ao American Film Institute (AFI), Jolie revelou que uma das cenas que mais a impactaram na vida não veio de um drama europeu, nem de um thriller psicológico cabeça… mas de Easter Parade (1948), aquele clássico em que Fred Astaire decide, no auge dos seus quase 50 anos, convencer uma criança a trocar um coelhinho de Páscoa por uma bateria. Como? Com uma dança tão inacreditável que faria até o algoritmo do TikTok travar.
“Você assiste aquilo e simplesmente não acredita que um ser humano é capaz daquilo”, disse Jolie, hipnotizada, como se tivesse visto o Keanu Reeves dançar balé enquanto resolve equações de física quântica.
Estamos falando do número Drum Crazy, onde Astaire sapateia enquanto chuta tambores com precisão milimétrica, deita no chão e ainda faz percussão com a cabeça. Isso mesmo, o homem usou o crânio como baqueta. Enquanto isso, tem influencer por aí que se cansa só de subir escada rolante.
Fred Astaire – o Elon Musk do sapateado
Vamos lembrar que Astaire, ao contrário do atlético e exibido Gene Kelly (que quebrou o tornozelo e abriu a vaga no filme), era o mestre da elegância discreta. Ele dançava como quem flutua – e fazia parecer que qualquer um com um par de sapatos e um bom senso de ritmo poderia imitá-lo. Spoiler: não pode.
O que talvez choque mais é o timing desse renascimento artístico. Fred estava aposentado, de pantufas e provavelmente alimentando pombos quando foi chamado de volta para o holofote. E como um verdadeiro rei do comeback, entregou uma performance que ainda hoje deixa até Angelina Jolie com cara de fã no Meet & Greet.
De galã vintage a ícone multigeracional
Após Easter Parade, Astaire se jogou na onda Technicolor dos anos 1950 como quem encontrou um novo filtro no Instagram. Brilhou em Funny Face (com Audrey Hepburn) e Daddy Long Legs, e depois reinventou-se de novo nos anos 1970, fazendo dramas como The Towering Inferno e até aparecendo em Battlestar Galactica. Sim, o homem era o canivete suíço de Hollywood — só que com mais brilho e menos escândalos.
Jolie, a inesperada fã-clube de sapatilhas
O fato de Jolie, símbolo de uma geração marcada por ação, Angelina x Brad, e Angelina x Jennifer, se derreter por um musical de 1948 é a prova definitiva de que o bom gosto é atemporal. Esqueça a pose de femme fatale: no fundo, ela só queria ver um senhorzinho sapateando com a cabeça num tambor.
Essa revelação é um pequeno presente para os cinéfilos que achavam que Jolie só assistia coisas como Saló ou Cisne Negro com um vinho tinto na mão. Ela também curte um sapateado vintage. E isso, meus amigos, é mais surpreendente do que o final de Clube da Luta.
