Você já teve uma briga feia com o seu amor? Já pensou em esconder a cafeteira dele? Quebrar “acidentalmente” o prato favorito dela? Pois Os Roses: Até Que a Morte os Separe leva essa lógica a um novo nível: sabotagem emocional com sotaque britânico e veneno refinado. E com Olivia Colman e Benedict Cumberbatch como protagonistas, o caos nunca foi tão elegante.
️ Sobre o que é Os Roses: Até Que a Morte os Separe?
Inspirado no clássico A Guerra dos Roses (1989), essa nova versão traz um casal que parece saído de um comercial de margarina — até que a manteiga derrete. Olivia Colman é uma chef em ascensão meteórica, enquanto Cumberbatch interpreta um arquiteto cujo ego está em ruínas. O que começa com comentários passivo-agressivos logo se transforma numa batalha campal recheada de ironias, microagressões e estratégias de guerra que fariam Sun Tzu repensar a carreira.
Esqueça terapia de casal: aqui, o divórcio é declarado com requintes de crueldade e porcelanas voadoras.
Para quem é?
Se você gostou de História de um Casamento, mas achou que faltaram piadas; ou se amou Fleabag e vive para diálogos afiados com veneno emocional, esse é o seu filme. Agora, se você está passando por uma DR com seu crush… talvez espere uns dias.
Quem está no elenco?
Olivia Colman continua imbatível no papel de mulher educada que destila sarcasmo com a leveza de quem oferece uma xícara de chá. Cumberbatch surpreende ao se jogar no humor ácido e mostrar que também sabe rir da própria desgraça. O elenco de apoio é discreto, mas afiado — especialmente Allison Janney, que merecia mais tempo de tela como a advogada que só observa o circo pegar fogo.
Direção de Jay Roach (Entrando Numa Fria) e roteiro de Tony McNamara (A Favorita), que acerta em cheio no tom entre a acidez e o afeto mal resolvido.
Onde assistir Os Roses?
O filme estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 28 de agosto. E sim, vale a pena ver com o ex — ou com um bloquinho de anotações se você estiver em um relacionamento em fase crítica.
Veredicto: Os Roses vale a pena?
Com certeza. Os Roses: Até Que a Morte os Separe é um lembrete hilário e desconfortável de que até almas gêmeas podem virar inimigos mortais quando o ego entra em cena. A comédia é sofisticada, os diálogos são venenosos na medida certa, e a química entre Colman e Cumberbatch é tão explosiva quanto uma panela de pressão emocional mal fechada.
No fim, o filme é menos sobre divórcio e mais sobre o que acontece quando duas pessoas deixam de ouvir uma à outra — e o que resta quando o amor se torna munição. Um espetáculo de ressentimento, humor e tapas invisíveis que merece ser visto (e discutido depois com seu terapeuta).

