Com cenário amazônico, misticismo, crime e um elenco poderoso, Pssica é a série brasileira que você não sabia que precisava ver — até agora.
A série que trouxe a Amazônia sombria para a sua tela
Você já viu muita série brasileira. Mas não viu nada como Pssica. Lançada pela Netflix em 20 de agosto de 2025, a produção é baseada no livro homônimo de Edyr Augusto, autor paraense conhecido por transformar as entranhas do Norte do Brasil em literatura crua e visceral.
O nome já chama atenção. Pssica, uma gíria típica do Pará, significa azar, maldição, encosto dos brabos — e a série leva esse conceito até o último episódio. A trama é densa, impactante e completamente fora do que estamos acostumados a ver quando o assunto é produção nacional.
Uma história de dor, sobrevivência e misticismo na Amazônia
A narrativa acompanha Janalice (Domithila Cattete), uma jovem que se vê presa a uma teia de crimes, exploração e violência. Ao lado de personagens igualmente complexos e marcados pelo trauma — como Preá (Lucas Galvino), Pedro (Bruno Goya) e Mariangel (Marleyda Soto) —, ela tenta escapar da sua própria pssica.
A história se desenrola em meio a cenários urbanos e fluviais de Belém, revelando o lado B do Brasil, onde a marginalização se mistura com o sagrado e o profano. Não espere leveza. Pssica é pancada emocional, com toques de realismo mágico e denúncia social.
5 motivos para você dar o play em Pssica agora:
1. Porque a série é um tapa na cara — e você vai gostar
A violência é gráfica, o drama é sufocante e o misticismo é denso. Mas tudo isso vem embalado em uma produção de tirar o fôlego, com uma fotografia que faz você sentir o calor úmido de Belém na pele.
2. Porque é sobre o Brasil que raramente aparece na tela
A Amazônia aqui não é cartão-postal. É cenário de luta, desigualdade, abandono e resistência. E isso é poderoso.
3. Porque o elenco entrega tudo e mais um pouco
Domithila Cattete, Lucas Galvino, Marleyda Soto e companhia dão um show de interpretação. Não tem personagem raso. Todos têm cicatriz e história.
4. Porque tem misticismo sim, mas sem clichê
Tem ritual, tem espírito, tem assombração. Mas não no estilo Globo Repórter. A série trata o sagrado com respeito e profundidade, explorando as crenças locais como parte da identidade cultural.
5. Porque é baseada em um dos autores mais brutais da literatura brasileira
Edyr Augusto não alivia. Seus livros são curtos, intensos e sangrentos. E a adaptação mantém essa pegada, com direção precisa de Jorane Castro, que já chegou com o pé na porta e o dedo na ferida.
Pssica não é fácil de assistir — e esse é exatamente o ponto
Assistir Pssica não é como maratonar comédia romântica no domingo. É como andar por um beco escuro e saber que, a qualquer momento, algo vai pular da sombra. É incômodo. É verdadeiro. E, por isso mesmo, é obrigatório.
É o tipo de série que faz você pensar, suar e talvez até sonhar com ela depois que termina. É pesada, sim, mas necessária — principalmente em um momento em que o audiovisual brasileiro precisa mostrar sua potência longe do eixo Rio-SP.
Para quem é Pssica?
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Para quem cansou de séries genéricas com diálogos pasteurizados.
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Para quem gosta de histórias de sobrevivência, dor e redenção.
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Para quem quer mergulhar em uma estética que mistura noir amazônico com realismo sujo.
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Para quem quer ver o Brasil profundo com lentes cinematográficas e roteiro afiado.

