Final Explicado a namorada ideal

Final explicado A Namorada Ideal: quem morre — e o que o fim realmente significa

Quer saber o que acontece no final de A Namorada Ideal (The Girlfriend, Prime Video)? Antes do mergulho no desfecho, vale situar o terreno: a minissérie em 6 episódios adapta o best-seller de Michelle Frances e coloca três forças em choque — Cherry (Olivia Cooke), corretora de origem humilde que tenta ascender; Daniel (Laurie Davidson), médico rico e filho único; e Laura (Robin Wright), a mãe ultra-protetora (leia-se possessiva) que trata o filho como se fosse parceiro.

O formato alterna os pontos de vista de Cherry e Laura, embaralhando a nossa confiança sobre quem manipula quem, enquanto cutuca temas de classe, mentiras, gaslighting e incesto emocional (aqui, emocional mesmo). No pano de fundo, um casamento aberto capenga (Laura e Howard) e uma trilha maliciosa repetindo: “Everybody Supports Women… until a woman’s doing better than you”.

Sinopse de A Namorada Ideal

Cherry conhece Daniel numa visita imobiliária, a química acontece e ela, com vergonha das próprias raízes, maquia o passado para caber no mundo dele. Já Laura, a sogra-imã, fareja “oportunismo” e inicia uma guerrilha passivo-agressiva. A tensão escala: viagem à Espanha, vídeo antigo comprometedor de Cherry, e então um acidente de escalada põe Daniel no hospital.

É quando Laura aplica o golpe baixo: mente para Cherry dizendo que o filho morreu, e mente para Daniel dizendo que Cherry o abandonou após o acidente. A farsa cai, o casal reata e anuncia noivado; Cherry revida destruindo a galeria de Laura, é presa e… tudo desemboca em um acerto de contas final na casa da família.


Final explicado A Namorada Ideal: como acaba?

Vamos lá.

Quem morre no fim?

Surpresa: Laura morre, não Cherry. Na cena decisiva, Laura tenta afogar Cherry na piscina. Daniel, drogadiço e atordoado (ela o dopou), desce para “salvar” a namorada, puxa a mãe para baixo d’água para separar as duas e segura tempo demais. Trágico à moda Édipo: o filho mata, sem perceber, o parente que idolatra. Resultado emocional: Daniel fica condenado à culpa vitalícia — e a conviver com Cherry, que está longe de ser porto seguro.

Cherry é uma “golpista”?

A série sugere algo mais ambíguo (e mais inquietante). Ela não recusa o conforto do dinheiro, mas não parece movida só por interesse: endivida-se para impressionar a família, quer se provar no trabalho e, sim, ama o status que vem com Daniel. O problema não é só classe — é controle.

O passado de Cherry (e o pai)

O epílogo revela o que Laura tentou mostrar a Daniel: no celular perdido da mãe, ele assiste a uma gravação com a mãe de Cherry contando um histórico de reações violentas desde a infância e insinuando que Cherry já “fez gente desaparecer”. A própria Cherry admite ter empurrado o pai — hoje inválido. Não foi impulso: foi raiva fria.

Laura era “apaixonada” pelo próprio filho?

Amor romântico, não. Mas há incesto emocional: um filho usado para regular o humor da mãe, limites físicos frouxos, segredos acobertados e a exigência de prioridade absoluta. O ciúme por Cherry é menos “cuidado” e mais posse.

Howard, casamento aberto e solidão

Howard topa abrir e depois fechar o casamento conforme o capricho de Laura, sempre em segundo plano. Não importa o formato, ela só tem olhos para Daniel — e, quando convém, para a ex Lilith. É fácil entender por que Howard acaba solidário a Cherry e ao próprio filho.


E depois? Possível 2ª temporada

O epílogo avança um ano: Cherry está grávida, Daniel e Howard fazem sala no jardim. Dentro de casa, Daniel liga o celular de Laura, vê o vídeo com os alertas sobre Cherry e… a série corta. Gancho plantado: um pai com medo da mulher, um bebê a caminho e a pergunta que fica — como sair disso sem virar mais uma “desaparição” na biografia da Cherry?


O que A Namorada Ideal “fala”, afinal?

Sobre narrativas em disputa. A versão da sogra sobre a “alpinista social” e a versão da nora sobre a “mãe obcecada” são verdadeiras e mentirosas ao mesmo tempo. Entre classe, desejo e poder, a série mostra duas mulheres travando guerra pelo mesmo troféu (Daniel), enquanto o próprio Daniel revela ser o mais manipulável — e o mais perigoso, porque pode matar sem querer.

E é isso.