Quer entender o que acontece no final de O Eternauta, nova série de ficção científica da Netflix? A resposta envolve neve tóxica, invasão alienígena, controle mental e um mistério existencial que mistura o destino da humanidade com a vida de uma família argentina comum. Sim, é tão grandioso quanto parece.
Baseado no icônico quadrinho argentino de Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López, O Eternauta não é apenas uma série sobre sobrevivência — é uma crítica social disfarçada de sci-fi, com camadas de história política e uma tragédia pessoal pulsando sob cada nevasca mortal.
Final Explicado: O que acontece no último episódio de O Eternauta?
Vamos lá.
Depois de dias de nevasca tóxica, tiroteios, criaturas alienígenas e pessoas agindo como zumbis silenciosos, Juan Salvo (Ricardo Darín) finalmente entende que o problema é muito maior do que parecia. Ao lado de Alfredo e Lucas, ele tenta transmitir uma mensagem de esperança via rádio para outros sobreviventes. Tudo corre bem… até Lucas surtá e esfaquear Omar, um dos companheiros de jornada.
O grupo foge para evitar mais ataques — porque agora há humanos sendo controlados por alienígenas, com luzes azuis, tentáculos e uma mente coletiva sinistra. Em meio à fuga, Juan decide investigar a estranha luz vinda de um estádio próximo. Ao chegar lá, ele e o maquinista do trem encontram uma cena surreal: humanos e criaturas alienígenas andando juntos, como um exército em formação.
Na frente deles, surge a silhueta de uma nova criatura — uma espécie de “mão alienígena” com muitos dedos, que parece comandar todos à sua volta. É aí que Juan tem um estalo: sua filha Clara está sendo controlada. Cortamos para Clara, de fisionomia fria, treinando tiro em Campo de Mayo.
Tudo aponta para um tipo de controle neural — algo que talvez explique o comportamento estranho dela e dos demais ao longo da temporada.
O Significado do Final de O Eternauta
O final do primeiro ano da série revela que a neve mortal era só o começo. Os invasores estão implementando uma dominação silenciosa, controlando corpos humanos como marionetes e criando um exército híbrido. Mas há mais: Juan tem visões recorrentes, como se já tivesse vivido aquilo. E ele não está ficando louco.
Na verdade, isso se conecta diretamente com o desfecho do quadrinho: Juan eventualmente viaja no tempo, vive os eventos novamente, e suas “visões” são memórias de um futuro que ele já viveu.
A série termina com um tom amargo: o inimigo real não é a neve, nem os insetos alienígenas — é o controle, a perda de autonomia e a manipulação da mente. E isso começa com quem você mais ama: sua filha.
Vai ter segunda temporada de O Eternauta?
Sim! O próprio Ricardo Darín confirmou em entrevista que a segunda temporada está nos planos e deve “ir mais alto”. A graphic novel original tem bastante material ainda, incluindo o momento em que Juan se separa de sua família e vira um viajante interdimensional — o verdadeiro “eternauta”, perdido entre realidades.
Se a Netflix seguir esse caminho, podemos esperar viagens temporais, combates interplanetários e uma dose ainda maior de crítica social embalada em ficção científica poderosa.
E é isso.