Preparem os sensores térmicos e os charutos, porque o universo de Predator vai dar um salto — literalmente — para fora da Terra.
Segundo o The Playlist, Dan Trachtenberg, o diretor que transformou Rua Cloverfield, 10 em pesadelo claustrofóbico e Prey em renascimento selvagem, agora promete o impossível: fazer um crossover com o universo de Alien que não pareça um fanboy juntando bonequinhos no chão da sala.
Predator: Badlands e o “crossover consciente”
Segundo Trachtenberg, Badlands não vai repetir o trauma coletivo dos anos 2000 conhecido como Alien vs. Predator — aquele que nos fez implorar para o Xenomorfo vencer e acabar logo com o filme.
“Há uma tendência em filmes de ‘versus’ de só juntar bonecos e bater um no outro. Queríamos fazer diferente: usar um elemento de um universo e fundir com o outro, sem parecer um comercial de brinquedos”, explicou o diretor à Deadline.
Esse “elemento” é ninguém menos que Weyland-Yutani, a megacorporação responsável pelos androids e pelas decisões idiotas que sempre terminam com humanos devorados por criaturas espaciais.
Agora, teremos Elle Fanning como Thia, uma androide criada pela empresa — o que coloca o DNA de Alien diretamente dentro do pesadelo interplanetário de Predator.
Sim, o futuro é sombrio, metálico e cheio de criaturas que caçam por esporte. E nós? Continuamos pagando pra ver.
Produtor explica: “Sem humanos? Então bota robô.”
O produtor Ben Rosenblatt contou que a inclusão da Weyland-Yutani aconteceu quase por acidente criativo:
“Dan queria personagens humanoides, mas sem humanos. E pensou: precisamos de robôs. Aí ele lembrou quem faz robôs: Weyland-Yutani.”
Pronto, nasceu o crossover mais lógico do século. Se você não pode evitar a destruição da humanidade, pelo menos garanta que os androids tenham boa atuação.
E o Schwarzenegger nisso tudo?
A pergunta que ecoa há 35 anos nas selvas, desertos e estúdios de Hollywood: Arnold volta?
Rosenblatt, o produtor, respondeu com a diplomacia de quem já viu um Predator de perto:
“Seria o Santo Graal dos filmes da franquia. Arnold é icônico, e a franquia é icônica. Eles se fizeram mutuamente.”
Segundo ele, Arnold e Trachtenberg já se encontraram algumas vezes, e o ator demonstrou interesse.
Mas antes de você gritar “ele volta!”, calma:
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Nenhum contrato foi assinado.
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Nenhum roteiro inclui oficialmente Dutch.
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Nenhuma máquina do tempo foi confirmada pra justificar o retorno de um ex-comando de 1987 num futuro distópico.
Ainda assim, a esperança é a última a ser decapitada.
A cronologia impossível
Predator: Badlands se passa no futuro, mas ninguém sabe exatamente quando — o suficiente para deixar dúvidas se Dutch ainda estaria vivo (ou se usou tecnologia Yautja pra virar o novo Mestre Yoda da franquia).
A boa notícia é que esse tempo indefinido também pode permitir o retorno de Naru, a heroína de Prey (Amber Midthunder), talvez agora como uma lenda viva ou holograma badass.
E, convenhamos, se a Weyland-Yutani conseguiu fundir androids com DNA alienígena, trazer de volta um ex-fisiculturista não é o maior dos problemas.
A promessa: menos fan service, mais ficção científica bruta
Trachtenberg jurou que Badlands não será “Alien vs. Predator 3: A Ressaca do Multiverso”.
A ideia é fazer um filme focado em tensão, solidão e caçada — um retorno às origens do terror existencial, mas com um verniz de aventura futurista.
Imagine Blade Runner misturado com O Predador, mas sem o discurso de “tecnologia é o verdadeiro monstro” — porque aqui o monstro é o próprio monstro.

