Monstro: A História de Ed Gein é baseado em fatos? Sim — mas com licenças criativas. A terceira temporada da antologia Monster de Ryan Murphy chegou à Netflix em 3 de outubro de 2025, com Charlie Hunnam no papel do chamado “Açougueiro de Plainfield”. A série parte dos crimes reais de Ed Gein (anos 1950, Wisconsin) e de seu impacto na cultura pop, mas introduz composições e exageros narrativos para sustentar o thriller.
Sinopse
A trama alterna os crimes e o isolamento de Ed Gein em Plainfield com repercussões culturais (como a gênese de Psicose), enquanto personagens de seu círculo — e figuras da indústria — orbitam sua obsessão pela mãe e pelo macabro. A narrativa intercala passado e presente para discutir como um caso real fermentou ícones do terror.
Monstro: A História de Ed Gein é baseado em fatos reais?
Resposta curta: Sim. A série dramatiza os crimes documentados de Ed Gein — dois assassinatos confessados (Bernice Worden e Mary Hogan), profanação de túmulos e artefatos feitos de restos humanos —, mas romanceia relações e eventos, ampliando boatos e especulações para efeito dramático. Saiba mais em Wikipedia
Desenvolvimento: O show recria — às vezes com excesso gráfico, segundo críticas — o cenário real de Plainfield e faz pontes com o cinema (Psicose, O Massacre da Serra Elétrica, O Silêncio dos Inocentes). Ao mesmo tempo, adota liberdade na psicologia do protagonista e em subtramas (como a presença e o peso de figuras laterais), o que rendeu reações fortes da crítica.
O que é real e o que foi dramatizado
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Fato confirmado: Gein confessou o assassinato de Bernice Worden (1957) e Mary Hogan (1954); também exumou corpos e manteve restos humanos em casa. Foi considerado insano e passou a vida em instituições psiquiátricas.
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Liberdade criativa: A série converte rumores em realidade cênica, intensifica violência e erotização de imagens (inclusive em releituras de Psicose) e costura conexões culturais sem sustentação documental direta.
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Contexto histórico sensível: O programa remete a mitos e fatos sobre a Ilse Koch e “artefatos de pele humana” ligados ao nazismo — tema controverso, com registros e refutações ao longo das décadas. A produção usa esse imaginário como combustível dramático.
Personagens e figuras reais
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Ed Gein (série) → Ed Gein (real): assassino de Winsconsin; devoto da mãe, socialmente isolado; crimes e apreensões documentados em 1957.
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Augusta Gein (mãe) → figura histórica cuja devoção religiosa e controle influenciaram o filho; a série acentua esse vínculo.
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Adeline Watkins (série) → inspirada em relatos de uma mulher que afirmou — e depois relativizou — ter vínculo afetivo com Gein; o arco é ampliado para a ficção.
Linha do tempo dos acontecimentos (caso real)
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1954, Plainfield (WI): morte de Mary Hogan; conexão com Gein vem à tona depois.
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16 nov. 1957: desaparece Bernice Worden; busca leva à fazenda Gein, onde a polícia encontra restos humanos.
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1957–1968: Gein é considerado incapaz para julgamento; internado.
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1968: declarado apto; condenado pelo assassinato de Worden e enviado a hospital psiquiátrico.
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3 out. 2025: estreia de Monstro: A História de Ed Gein na Netflix, com Charlie Hunnan.
Comparações (série x fatos)
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Escopo dos crimes: a série atribui a Gein diversos boatos/rumores como fatos; na documentação, há duas vítimas confirmadas e profanações de túmulos.
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Enfoque cultural: os episódios encenam Hitchcock, Perkins e Psicose para discutir legado pop — ideia ambiciosa, mas criticada por priorizar o choque.
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Gratuidade x comentário: parte da crítica vê voyeurismo onde poderia haver análise, chamando o resultado de “depravação sem moral”.
Conclusão
Monstro: A História de Ed Gein é baseado em fatos reais? Sim — como dramatização. A série parte do dossiê histórico de Ed Gein (assassinatos, profanações, apreensão de artefatos), mas estica rumores, cria composições e torna a violência um espetáculo, o que dividiu a crítica. Para quem busca fidelidade, vale confrontar as cenas com fontes históricas; para quem quer o thriller, a produção entrega impacto — ainda que com custo ético discutível
FAQ
“A série é 100% fiel aos fatos?”
Não. Ela dramatiza a vida de Gein, combinando registros reais com exageros e escolhas estilísticas que transformam boatos em cenas.
“Quais crimes de Gein são confirmados?”
Os assassinatos de Bernice Worden e Mary Hogan e a profanação de túmulos, com fabricação de objetos de restos humanos; o caso e a perícia são amplamente documentados.
“Por que o nome de Hitchcock aparece na série?”
Porque o caso Gein inspirou Psicose (Norman Bates), além de influenciar O Massacre da Serra Elétrica e O Silêncio dos Inocentes; a série encena esse legado.
“Quem é Adeline Watkins — ela existiu?”
Há relatos de uma mulher que disse ter tido relação com Gein e depois recuou; a série amplia essa figura como arco dramático.
“Onde assistir Monstro: A História de Ed Gein?”
Na Netflix — temporada lançada em 3 de outubro de 2025.
Fontes e referências
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The Guardian — crítica de Lucy Mangan, 3 out. 2025. The Guardian
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RogerEbert.com — crítica de Brian Tallerico, 2025. Roger Ebert
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Wikipedia (Ed Gein) — panorama factual dos crimes e do julgamento. Wikipedia

