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O dia em que Woody Harrelson preso por plantar… cânhamo.

Woody Harrelson foi preso por plantar cânhamo. Sim, cânhamo. Não, ele não estava chapado. (Ou será que estava?)

Antes de ser o detetive mais traumatizado da Louisiana ou o careca carismático de Zumbilândia, Woody Harrelson já tinha feito algo ainda mais inusitado: foi preso por plantar… cânhamo. Sim, hemp, o primo nerd da maconha que não te deixa chapado, mas pode virar camiseta, papel reciclado ou até uma versão natureba do Tupperware.

A história é real, absurda e aconteceu no glorioso 1º de junho de 1996. Enquanto o mundo estava ocupado com a novela entre Brad e Gwyneth, Harrelson resolveu transformar uma plantação num palco de protesto ecológico e jurídico, na esperança de que alguém — tipo o estado do Kentucky — entendesse que existe uma diferença entre “plantinha da paz” e “tecido de fibra vegetal”. Resultado? Algemas, manchetes e um jantar caseiro no mesmo dia.


A prisão mais performática desde qualquer clipe da Madonna

Com uma equipe da CNN a tiracolo (porque protesto sem câmera é só jardinagem), Woody fez o que todo bom ativista com um advogado influente faria: avisou a polícia antes. O plantio foi filmado, a prisão foi coreografada e o ex-governador de Kentucky, Louie Nunn — que virou advogado e defensor do cânhamo — estava lá para garantir que ninguém perdesse o jantar. Sim, esse era o nível de planejamento: ativismo al dente.

Harrelson não foi pego com estufas secretas, nem barris de “erva do capeta”. Ele plantou umas sementinhas inocentes no solo sagrado de Lee County e saiu dali como um messias da agricultura alternativa. Foi acusado? Claro. Mas absolvido em menos tempo do que você leva pra enrolar um baseado. O júri deliberou por menos de 30 minutos — o que, em tempo jurídico, equivale a dizer: “Tá de brincadeira, né?”.


Woody e o legado do hempenning

“Eles mandaram uma mensagem forte”, disse Harrelson depois do julgamento. Sim, Woody, e a mensagem foi: “Calma lá, Kentucky, nem tudo que vem da cannabis é motivo pra colocar gente na cadeia.” Ele saiu do tribunal distribuindo autógrafos como se tivesse acabado de vencer um Oscar pelo papel de agricultor rebelde. Spoiler: merecia.

Desde então, Woody continuou sua cruzada verde, surfando a onda da legalização e virando quase um patrono espiritual da indústria do cânhamo — uma espécie de São Francisco de Assis, só que vegano, entusiasta de ayahuasca e com um currículo no IMDb de dar inveja.


De vilão da lei a visionário da fibra orgânica

Hoje, com o cânhamo sendo legalizado e usado até em suplementos de academia, Harrelson parece mais profeta do que doidão. A prisão de 1996 virou um marco — não só para quem acredita em políticas antidrogas menos imbecis, mas para quem curte um bom teatrinho com propósito.

Porque no fim das contas, só um cara como Woody Harrelson poderia ser preso por jardinagem e sair da história como herói. E cá entre nós: se plantar cânhamo é crime, então metade do Pinterest está correndo risco.