Se você achou que Saltburn já tinha dado trabalho suficiente à saúde mental coletiva, Emerald Fennell está de volta para cobrar a segunda parcela: Wuthering Heights, sua adaptação erótica, estilizada, anacrônica e definitivamente nada “brontëana” do clássico de Emily Brontë.
E, segundo Jacob Elordi, prepare o emocional — e talvez um cardiologista.
Em participação no Happy Sad Confused, promovendo Frankenstein de Guillermo del Toro, o ator largou a bomba:
“Vai obliterar o seu coração.”
Sim. “Obliterar”. A palavra que todo cinéfilo ama ouvir quando está tentando sobreviver a 2025.
“Painfully beautiful”: o novo marcador de sofrimento premium
Elordi afirmou ter visto o corte final e descreveu o filme como:
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“dolorosamente lindo”,
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“agonizante”,
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e com imagens tão belas que “é difícil até falar sobre”.
Ou seja: espere dor em 4K, com uma fotografia tão bonita que você vai se sentir mal por sofrer dentro de um quadro perfeito.
O responsável? Linus Sandgren, DP de La La Land e Saltburn. O homem sabe filmar desgraça com beleza quase indecente.
As primeiras reações? Um bingo completo de polêmicas
Se os trailers já dividiram a internet, é porque Fennell não apenas adaptou Wuthering Heights, ela desmontou, remoldou e passou gloss vinílico em tudo.
Os primeiros surtos online incluem:
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Margot Robbie interpretando uma adolescente. A Brontë está literalmente girando no túmulo mas provavelmente felicíssima com o buzz.
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Charli XCX fazendo uma trilha COMPLETA para um filme do século XVIII. A música eletrônica gritando “girl, you’re toxic” enquanto personagens vitorianos se odeiam no brejo? Cinema.
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Jacob Elordi, um australiano de 1,95m, vivendo um personagem descrito no livro como “escuro” e tratado como outsider racial. A internet ainda está tentando descobrir se reclama, se aceita ou se apenas desiste.
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Erotismo gótico em modo hard, porque Fennell parece fisiologicamente incapaz de fazer algo PG-13.
E é claro:
“Isso não é Wuthering Heights!” já virou mantra de viúvas literárias no X (antigo Twitter).
Enquanto isso, fãs de caos respondem:
“Graças a Deus.”
Elordi revisita o trauma coletivo de Saltburn
Perguntado sobre o impacto “extremo” de Saltburn, que viralizou com um tipo de obsessão escatológica que só a internet consegue produzir, Elordi soltou:
“Eu não achei tão extremo… achei o mundo um pouco pudico.”
Sim. A mesma obra que gerou THINK PIECES DO TAMANHO DE TESES DE MESTRADO sobre… bom, aqueles fluidos…
Para Elordi, “tranquilíssima”.
Segundo ele, houve duas recepções:
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Nos cinemas: “normal”.
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No streaming: “desceu o inferno inteiro.”
Porque quando cai no streaming, vira meme, vira fan-cam, vira debate moral e pronto: acabou a inocência da obra.
Margot Robbie? “Uma bruxa.”
Elordi também elogiou Margot Robbie — e do jeito mais Margot Robbie possível:
“Ela é uma bruxa. Sabe tudo.”
OK. Isso faz sentido. A mulher produziu Aves de Rapina, Saltburn, Barbie e agora Wuthering Heights. Se isso não é bruxaria, nada é.
E aí? Vai valer a tortura?
Se depender do ator, sim.
Se depender de Fennell, provavelmente você vai sair do cinema com o emocional esmigalhado, mas sorrindo porque o enquadramento estava bonito.
Se depender da internet, teremos:
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polêmica,
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thread de ódio,
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thread de defesa,
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ensaio de 28 páginas no Letterboxd,
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e um ciclo interminável de memes comparando Heathcliff a um TikToker narcisista.
Wuthering Heights estreia em 13 de fevereiro de 2026, bem a tempo do Valentine’s Day — porque nada diz “amor” como um romance destrutivo, tóxico e filmado para acabar com você

