Se você digitou onde assistir Pobres Criaturas, a resposta é clara: o filme está disponível no Disney+. Mas não se engane achando que é “sessão família” — aqui o que você vai ver é um conto de fadas sexual, psicodélico e feminista (ou não, dependendo de quem grita mais alto no Twitter).
Onde assistir Pobres Criaturas?
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Disney+: exclusivo no catálogo de streaming, já com áudio e legenda em português.
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Cinemas? Foi sucesso mundial, mas agora é sofá, manta e choque cultural no streaming.
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Blu-ray/coleção de arte: existe, mas boa sorte explicando pra sua avó por que a Emma Stone aparece nua na capa.
Sobre o que é o filme?
Imagine Dr. Frankenstein high de absinto: um cientista maluco (Willem Dafoe, irreconhecível e genial) ressuscita uma mulher (Emma Stone) colocando no corpo adulto o cérebro de um feto. Resultado? Bella Baxter — adulta por fora, criança por dentro, e completamente livre pra descobrir o mundo, o sexo e a sociedade sem nenhuma trava moral.
É bizarro, engraçado, desconfortável e lindo. Lanthimos (o mesmo de A Favorita e O Lagosta) cria um universo vitoriano que parece sonho febril com LSD.
O que torna o filme único?
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Emma Stone: completamente entregue, misturando inocência, desejo e caos.
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Mark Ruffalo: ridículo e brilhante, em modo cafajeste vitoriano que parece ter fugido de uma novela mexicana.
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Willem Dafoe: cientista deformado, paternal e monstruoso, talvez o papel mais perturbador da carreira.
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Visual: filmado em Ektachrome 35mm, cores que parecem pintura renascentista pós-apocalíptica.
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Temas: feminismo, autonomia, sexualidade, socialismo, liberdade. Tudo embalado em figurinos deslumbrantes e sets que parecem teatro steampunk.
Trailer de Pobres Criaturas
Prepare-se para a mistura de Alice no País das Maravilhas com Marquês de Sade.
Vale a pena assistir?
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Sim, se você ama cinema experimental, performances corajosas e histórias que provocam debate.
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Não, se nudez, sexo e polêmica te incomodam mais do que discursos do tiozão no almoço de domingo.
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Talvez, se você só quer ver por que Emma Stone levou o Oscar sem precisar fingir que entendeu todos os simbolismos.

