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Sigourney Weaver acusa Ridley Scott de “matar” Alien 5 por ciúmes da franquia

A rainha do espaço falou — e o fandom está pegando fogo.
Durante um painel na Cinémathèque Française, em Paris, a atriz Sigourney Weaver revelou por que o aguardado Alien 5, de Neill Blomkamp (Distrito 9, Chappie), nunca saiu do papel: segundo ela, o culpado atende pelo nome de Ridley Scott.

“Era um roteiro maravilhoso. Neil queria trazer Ripley e Newt de volta. Mas Ridley ficou muito possessivo com a franquia e resolveu se concentrar nos prelúdios. Isso foi um desastre para o projeto”, afirmou Weaver, em declarações reproduzidas pelo site AVPGalaxy.

E assim, uma das continuações mais promissoras da saga foi devorada — não por um xenomorfo, mas pelo próprio criador da criatura.


O que aconteceu com Alien 5

O projeto de Neill Blomkamp surgiu em 2015, com artes conceituais vazadas mostrando o retorno de Ripley e Hicks (Michael Biehn), ignorando os eventos de Alien³ e Ressurreição. O público foi à loucura — inclusive James Cameron, que elogiou a ideia publicamente.

Mas aí veio Ridley Scott.

O diretor de Alien – O 8º Passageiro (1979) assumiu o controle criativo da franquia por meio da sua produtora Scott Free e decidiu engavetar o projeto de Blomkamp para focar em sua própria trilogia de prelúdios: Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017).

O resultado?
Alien 5 morreu no espaço, e Covenant terminou em um cliffhanger que nunca foi resolvido.

“Ridley trouxe a franquia ao mundo. Se ele muda de ideia ou não quer outro diretor, é direito dele. Faz sentido”, declarou o próprio Blomkamp em 2021, com um tom resignado.


Walter Hill ainda não desistiu

Durante o mesmo evento, Sigourney também revelou que o veterano Walter Hill, roteirista e produtor de vários filmes da saga, escreveu 50 páginas de um novo tratamento de roteiro.

A ideia seria uma sequência direta de Alien: Ressurreição (1997), com uma Ripley clone de 200 anos — meio humana, meio xenomorfa — agora marginalizada por uma sociedade que tenta esquecer os horrores do passado.

“Seria uma história muito diferente. Nada de correr por dutos de ar. Seria algo mais reflexivo, sobre envelhecimento e isolamento”, disse Weaver.

Em outras palavras: Alien versão arthouse — e com existencialismo alienígena.


E o que Sigourney achou de Alien: Earth?

A atriz também comentou sobre Alien: Earth, série lançada recentemente pelo streaming (ainda sem título confirmado no Brasil), e elogiou o tom político e tecnológico da produção:

“Achei notável. Interessante e assustadora, porque parece falar sobre o nosso mundo. Dá pra imaginar um futuro em que cada bilionário tem seu próprio planeta. Não está tão longe do que a América já é hoje.”

A fala reacende o debate sobre a força simbólica da franquia Alien, que sempre funcionou como espelho social — de crítica corporativa em 1979 a paranoia biotecnológica em 2025.


A briga que define Hollywood

O caso Alien 5 é quase um estudo de personagem hollywoodiano: de um lado, um visionário original protegendo sua criação; do outro, um novo talento querendo reinventá-la.
No meio disso tudo, Sigourney Weaver — o coração da saga — observando o próprio legado sendo disputado como um troféu intergaláctico.

A ironia? Alien sempre foi sobre sobrevivência, e parece que nem fora da tela Ripley consegue descansar.


O futuro da franquia

Com o sucesso de Alien: Earth e o filme de Fede Álvarez, Alien: Romulus, recebendo elogios em 2024, o universo xenomorfo está mais vivo do que nunca.
Mas a esperança dos fãs de ver Weaver de volta ao papel de Ripley ainda pulsa — especialmente se o roteiro de Walter Hill realmente sair da gaveta.

E, sejamos francos: o mundo não se cansa de ver Sigourney Weaver encarando o inferno cósmico com um lança-chamas na mão.


Resumo rápido

  • Sigourney Weaver revelou que Ridley Scott “matou” Alien 5 ao se tornar “possessivo” com a franquia.

  • Neill Blomkamp tinha um roteiro elogiado que traria Ripley e Newt de volta.

  • Scott preferiu focar em Prometheus e Covenant, deixando o projeto morrer.

  • Walter Hill escreveu um novo tratamento de 50 páginas para uma continuação de Ressurreição.

  • Weaver elogiou a nova série Alien: Earth e defendeu o legado político da saga.