review a hora do mal

Review A Hora do Mal: Diretor de Noites Brutais acerta mais uma vez

poster a hora do malQuando um filme de terror acerta em cheio, a gente sente. E com Weapons, foi exatamente isso: um acerto, um susto, um riso nervoso, e mais uns gritinhos meus no meio da sala de cinema (não julga porque não foi só eu!).

O que torna esse filme especial é que, mesmo sendo um terror de verdade, com atmosfera tensa e narrativa provocadora, ele se permite trazer momentos cômicos inesperados – e deliciosos. E não, não quebra o clima. Pelo contrário: esses momentos só deixam a experiência mais rica e imprevisível.

A construção da história é ousada, a direção sabe o que quer fazer, e o filme tem aquela vibe que te deixa meio “o que tá acontecendo aqui?”, mas no melhor dos sentidos. Você se envolve, se assusta, se pergunta onde isso vai dar… e ainda ri de algumas situações que aparecem como respiro – ou talvez armadilha emocional.

E nesse cenário de tensão e ambiguidade, surgem duas atuações que elevam o longa a outro patamar. Julia Garner, que vive a protagonista Justine Gandy protagonista, entrega uma performance precisa, intensa e carregada de nuances emocionais. Seu trabalho transita entre a vulnerabilidade e o controle, criando uma personagem que é ao mesmo tempo enigmática e profundamente humana.

Ao seu lado, o ator mirim Cary Christopher, que faz o Alex, é uma revelação. Sua atuação é madura, afiada e surpreendente para a idade. Ele atua como eixo emocional em momentos cruciais, e sua entrega é comovente e potente sem jamais cair na caricatura.

Temos também outras ótimas atuações como as de Josh Brolin, Alden Ehrenreich, Benedict Wong, Austin Abrams e a maravilhosa Amy Madigan, que vive a Tia Gladys.

Para quem ama o terror — como eu, que inclusive gritei no cinema em mais de uma cena, sem vergonha nenhuma — Weapons é uma experiência rara: inovadora, incômoda e artisticamente ambiciosa. Um filme que exige atenção, entrega e, principalmente, abertura para o novo.