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Michael Caine escolhe o melhor personagem da sua carreira

Michael Caine, o renomado ator inglês, é um verdadeiro ícone da sétima arte. Sua jornada no cinema começou após servir no exército na década de 1950, quando ele se viu cercado por outras estrelas londrinas, como Peter O’Toole e Terrence Stamp. Recentemente, ele declarou que está aposentado.

Com o tempo, Caine conquistou seu lugar como um dos atores mais aclamados do Reino Unido. Ele brilhou em papéis memoráveis, como em “Zulu“, dirigido por Cy Endfield. No entanto, foi em personagens que permitiram que seu icônico sotaque Cockney se destacasse que ele se sentiu mais à vontade. Ele explicou: “Mantive meu sotaque cockney para mostrar a outros garotos da classe trabalhadora que se eu pudesse conquistar meu espaço, eles também poderiam.”

Durante os anos 1960, Caine protagonizou filmes marcantes como “Alfie“, “Um Golpe à Italiana” e “O Alfaiate do Panamá“, consolidando-se como um ícone da vibrante década. No entanto, sua carreira se estendeu por décadas, com participações em filmes populares como “Assassinato por Morte“, “O Conto de Natal dos Muppets” e “Educação“. Caine também foi um colaborador frequente do diretor Christopher Nolan, atuando em sete de seus filmes, incluindo “O Cavaleiro das Trevas” e “Interestelar”.

Com uma lista de créditos tão extensa e variada, fica difícil apontar qual papel é o mais importante para Caine. Surpreendentemente, em uma matéria do IndieWire, o ator revelou que considera o filme “Juventude“, de 2015, como o trabalho de que mais se orgulha.

Dirigido por Paolo Sorrentino, “Juventude” traz Caine e Harvey Keitel como dois velhos amigos que embarcam em uma jornada pelos Alpes suíços. O elenco conta ainda com nomes como Jane Fonda, Paul Dano e Rachel Weisz, além de participações especiais, como Mark Kozelek, da banda Sun Kil Moon, e a cantora inglesa Paloma Faith.

O filme rendeu a Caine o prêmio de “Melhor Ator” no 28º European Film Awards, com críticos elogiando sua sensível interpretação de um homem que reflete sobre a vida e o inevitável envelhecimento.

Caine admitiu que considera “Juventude” como o trabalho mais desafiador de sua carreira, devido à profundidade dos temas emocionais abordados. Ele acredita que é sua melhor atuação porque conseguiu torná-la aparentemente fácil.

Sorrentino, diretor do filme, destacou a semelhança entre Caine e seu personagem, Fred, que contribuiu para a autenticidade da interpretação. Segundo Sorrentino, tanto Michael quanto Fred conseguem manter uma distância da vida e de si mesmos, e é essa capacidade que torna a atuação tão marcante.

Boa aposentadoria, sir Michael Caine.