Procurando pelos melhores filmes de terror de 2025? Reunimos as produções mais aterrorizantes que já estão dominando o ano. Prepare-se para conhecer histórias que vão te fazer dormir de luz acesa.
Janeiro começou com tudo, trazendo Nosferatu, de Robert Eggers, e Lobisomem, de Leigh Whannell, além de Get Away, que nos levou a um pesadelo slasher hilário em uma ilha remota..
Fevereiro nos presenteou com Acompanhante Perfeita, um thriller tecnológico perturbador e romântico (só que não).
Em março, Heart Eyes misturou terror e romance, e O Macaco trouxe um toque macabro vindo diretamente da mente de Stephen King. Também tivemos o terror da pessoa idosa The Rule of Jenny Pen, além do sufocante The Damned.
O nacional Serra das Almas foi o principal destaque em abril. Desconhecidos, Drop: Ameaça Anônima e Pecadores completam a lista de melhores filmes de terror do mês.
Maio foi a vez de conferir o slasher inspirado em Mickey Mouse Screamboat, o intrigante A Mulher no Jardim e o surpreendentemente elogiado Premonição 6: Laços de Sangue.
Junho nos presenteou com o excelente Pranto do Mal e o aguardado Extermínio: Evolução.
Se você quer saber quais foram os melhores filmes de terror de 2025 até agora, siga a lista abaixo – do mais arrepiante ao menos impactante (mas ainda assim assustador!).
1. Heart Eyes (Josh Ruben, 2025) – Um Slasher Para Corações Apaixonados (Ou Dilacerados)
Elenco: Olivia Holt, Mason Gooding, Gigi Zumbado, Jordana Brewster
Sinopse:
Todo mundo sabe que o Dia dos Namorados pode ser um inferno – mas, para os personagens deste filme, a coisa é literal. O “Heart Eyes Killer”, um maníaco mascarado, decidiu que nada diz “amor verdadeiro” melhor do que um banho de sangue.
Comentário:
Misturar comédia romântica com terror slasher parece impossível, mas Heart Eyes consegue fazer isso funcionar com um equilíbrio impecável. Se você gosta de slasher, mas também adora um bom romance, este é o encontro perfeito entre sangue e paixão. Leia a review completa aqui.
2. Acompanhante Perfeita (Companion, Drew Hancock, 2025) – Quando o Androide é o Maior Perigo
Elenco: Jack Quaid, Sophie Thatcher, Rupert Friend
Sinopse:
Nada como um fim de semana romântico para esquecer os problemas… até que seu companheiro robótico começa a agir como um stalker enlouquecido.
Comentário:
Se M3GAN já mostrou que robôs podem ser assustadores, Acompanhante Perfeita leva essa ideia a outro nível. Misturando ficção científica com terror psicológico, o filme brinca com o medo da tecnologia fora de controle. Leia a review completa aqui.
3. The Rule of Jenny Pen (James Ashcroft, 2025) – Vovô Contra o Mal (Literalmente)
Elenco: Geoffrey Rush, John Lithgow, George Henare
Sinopse:
Em uma casa de repouso decadente, um juiz aposentado e um ex-jogador de rugby enfrentam um novo tipo de terror: um colega residente que aterroriza os outros com sua marionete, Jenny Pen. O que começa como bullying psicológico vira um jogo de sobrevivência digno de Corra que a Vovó Vem Aí – Versão Sombria.
Comentário:
John Lithgow como um idoso maldito com um fantoche assassino? Pode soar ridículo, mas Jenny Pen te deixa com um nó na garganta e uma nova fobia: terapia com fantoches. É um terror psicológico tenso, claustrofóbico, e com aquele toque de “isso poderia acontecer com alguém que você conhece”. Leia a review completa.
4. Pranto do Mal (El Llanto, Pedro Martín-Calero, 2025) – O Grito Que Ecoa Entre Gerações
Elenco: Ester Expósito, Malena Alterio, Ángela Molina
Sinopse:
Um choro misterioso percorre gerações de mulheres em uma mesma família. Algo – ou alguém – continua presente, entre sonhos, silêncios e traumas passados de mãe para filha. Não é um espírito comum: é uma herança emocional, um fantasma que se molda ao sistema.
Comentário:
O Pranto do Mal não quer te assustar com fantasmas de lençol, mas com o assombro estrutural da dor feminina. É um filme que se nega a ser didático, que recusa respostas fáceis e prefere provocar com fragmentos e ruídos. Com uma estética que mistura drama psicológico e experimentalismo sensorial, ele exige atenção e paciência – mas recompensa com uma experiência que reverbera. O horror aqui não vem do sobrenatural, mas daquilo que está no DNA da sociedade e que ninguém quer nomear. Um filme que não termina: ele fica com você, feito um sussurro incômodo atrás da nuca.
5.Serra das Almas (Lírio Ferreira, 2025) – Onde o Rural Encontra o Inferno Urbano
Elenco: Mari Oliveira, Ravel Andrade, David Santos, Julia Stockler
Sinopse:
Um refúgio bucólico se transforma em campo de tensão brutal quando criminosos em fuga invadem uma casa de campo isolada. Lá dentro, passado e presente colidem num thriller que mistura caos urbano, trauma rural e violência que ferve sob a superfície.
Comentário:
Lírio Ferreira constrói um quebra-cabeças narrativo onde a tensão é moldada tanto pela geografia quanto pela psicologia. A montagem afiada e a trilha sonora opressiva criam uma fusão visceral entre dois mundos que se chocam: o urbano ensandecido e o campo que já não é mais seguro. Serra das Almas aposta em camadas de ambiguidade, num elenco afiado e numa escalada de violência que caminha para o grotesco sem perder a densidade emocional. Um filme que pulsa com raiva, melancolia e aquela sensação incômoda de que já estamos condenados antes mesmo do primeiro tiro ser disparado.
6.O Macaco (The Monkey, Oz Perkins, 2025) – Nunca Confie em Brinquedos Antigos
Elenco: Theo James, Tatiana Maslany, Elijah Wood, Christian Convery
Sinopse:
Dois irmãos encontram um macaco de brinquedo demoníaco, que decide transformar a vida deles em um verdadeiro inferno. Como se já não bastasse a crise financeira e o aluguel atrasado, agora eles precisam lidar com um boneco psicopata que tem uma agenda própria – e um gosto peculiar por causar tragédias.
Comentário:
Baseado em um conto de Stephen King, O Macaco combina suspense psicológico, humor negro e mortes absurdamente criativas. Se você acha que brinquedos antigos são fofos, pense de novo.
7. The Damned (Thordur Palsson, 2025) – O Peso da Culpa em Gelo e Sangue
Elenco: Odessa Young, Ingvar Sigurdsson, Hera Hilmar
Sinopse:
Na Islândia do século XIX, uma vila pesqueira toma uma decisão cruel: ignorar os sobreviventes de um naufrágio para evitar a fome. Mas a escolha tem um preço. Um a um, os habitantes começam a morrer em circunstâncias bizarras — e há algo nas sombras que quer fazer justiça.
Comentário:
Imagine um conto de fadas gélido escrito por Edgar Allan Poe em um dia ruim. The Damned é isso: um filme atmosférico, que não entrega grandes cenas de terror explícito, mas aperta o cerco lentamente até você sentir o oxigênio sumindo da sala. A direção de Thordur Palsson aposta na ambiguidade entre o sobrenatural e o psicológico, e Odessa Young é o coração gelado desse pesadelo moral.
8. Extermínio: Evolução (28 Years Later, Danny Boyle, 2025) – A Raiva Agora Tem Sequência e Tesão
Elenco: Alfie Williams, Aaron Taylor-Johnson, Jodie Comer, Ralph Fiennes
Sinopse:
Décadas após a epidemia de raiva, uma nova geração vive sob regras severas e rituais comunitários. Mas o mundo lá fora ainda pulsa com ameaça. Quando o jovem Spike desafia as ordens para salvar a mãe, descobre que o apocalipse pode esconder horrores maiores do que os infectados: como líderes iluminados e zumbis com próteses de fazer Freud repensar a libido pós-morte.
Comentário:
Danny Boyle volta ao universo que ajudou a redefinir e acerta mais do que erra. A sequência de abertura já te arremessa num pesadelo vertiginoso e o jovem Alfie Williams assume o protagonismo com uma naturalidade que assusta mais do que os infectados. Evolução não quer ser só continuação; quer ser trilogia e evento. Há falhas – como o ritmo inconsistente e algumas próteses questionáveis – mas o senso de urgência e humanidade sobrevivem, como sempre, entre o sangue e a sujeira. Leia a crítica completa.
9.Pecadores (Sinners, Ryan Coogler, 2025) – Vampiros, Blues e Poesia no Sul Gótico
Elenco: Michael B. Jordan (como Smoke e Stack), Hailee Steinfeld, Jack O’Connell
Sinopse:
Dois irmãos gêmeos voltam à Louisiana dos anos 1930 para abrir um clube de blues. O que encontram é uma cidade dominada por uma presença vampírica antiga e um ciclo de dor, música e resistência. Entre o blues, o sangue e os fantasmas da história, eles precisarão enfrentar o passado – e criaturas que bebem mais que apenas álcool.
Comentário:
Pecadores é um filme que canta sua dor. Ryan Coogler transforma o terror gótico sulista em algo poderoso e lírico, com Michael B. Jordan entregando uma performance dupla de tirar o fôlego. A trilha sonora de Ludwig Göransson praticamente hipnotiza, e os vampiros aqui têm alma – e dentes – suficientes para deixar Anne Rice com inveja. Com uma fotografia deslumbrante e uma carga simbólica intensa, o filme mistura crítica racial, drama familiar e puro medo de forma magistral. Um dos grandes filmes do ano – e não apenas do terror.
10.The Parenting (Craig Johnson, 2025) – Encontro de Famílias… e de Fantasmas
Elenco: Brandon Flynn, Nik Dodani, Brian Cox, Edie Falco, Lisa Kudrow, Dean Norris, Parker Posey
Sinopse:
Dois namorados decidem reunir seus pais para um fim de semana em uma casa de campo. Eles só esquecem de checar uma coisa: se o imóvel já vem com penada inclusa. Sob a luz da misteriosa “Worm Moon”, segredos vêm à tona, facas são mal utilizadas e ninguém está emocionalmente preparado para ser possuído.
Comentário:
Pense A Morte Lhe Cai Bem encontra Encontros e Desencontros Familiares… com fantasmas. The Parenting mistura sustos e gargalhadas num tom que lembra Os Caça-Fantasmas dirigido por Noah Baumbach. Parker Posey rouba a cena como a vizinha excêntrica e Brian Cox claramente se diverte sendo possuído por alguma entidade que curte nudismo e vômito à jato. Não é um terror pesado, mas é o tipo de filme que você vai querer rever com amigos (e talvez com seus próprios pais, se forem do tipo que curtem uma possessãozinha básica no domingo à tarde).
11. Lobisomem (Wolf Man, Leigh Whannell, 2025) – Transformações Que Ninguém Quer Passar
Elenco: Julia Garner, Christopher Abbott, Charlotte Lovell, Matilda Firth, Sam Jaeger, Benedict Hardie, Ben Prendergast, Milo Cawthorne, Zac Chandler
Sinopse:
Blake e sua família estão curtindo um retiro tranquilo, quando um ataque animal misterioso muda completamente suas vidas. Conforme a noite avança, Blake começa a exibir um comportamento estranho e assustador, tornando-se uma ameaça para aqueles que ama.
Comentário:
Leigh Whannell, o diretor de O Homem Invisível, traz um terror claustrofóbico e cheio de tensão para o mito do lobisomem. Julia Garner e Christopher Abbott entregam performances intensas em uma história que mistura horror psicológico com momentos de puro pânico. Leia a review completa.
12. A Mulher no Jardim (The Woman in the Yard, Jaume Collet-Serra, 2025) – Quando o Terror Se Senta e Fica Te Encarando
Elenco: Danielle Deadwyler, Okwui Okpokwasili
Sinopse:
Ramona, uma mulher em luto com a perna engessada, se isola com os filhos em uma casa rural. Mas o que parecia ser um drama familiar logo ganha tons sombrios quando uma figura começa a aparecer – uma mulher vestida de preto, sentada no jardim. Sem se mover. Sem piscar. Sem ir embora.
Comentário:
The Woman in the Yard tenta ser o tipo de terror atmosférico elevado que confia mais no incômodo do que nos sustos. A figura misteriosa no jardim é icônica, mas o filme a trata mais como peça decorativa do que como agente do medo. Danielle Deadwyler carrega o longa com dignidade, mas o roteiro flerta com temas como luto, culpa e maternidade sem se aprofundar o suficiente. Visualmente é belíssimo – parece um álbum de Andrew Wyeth amaldiçoado – mas narrativamente, se arrasta. Quando finalmente tenta entregar ação sobrenatural, já perdemos o timing. Um filme de terror que prefere o sussurro ao grito, mas esquece de sustentar o eco.
13. Premonição 6: Bloodlines (Zach Lipovsky & Adam B. Stein, 2025) – A Morte Nunca Esquece (E Nunca Perdoa)
Elenco: Stefani Kimber, Tony Todd, David Alvarez
Sinopse:
Uma maldição familiar que começou com um jantar na torre nos anos 50 agora persegue a terceira geração. Os acidentes mortais seguem uma coreografia perversa de puro sadismo e sincronia macabra. Só que desta vez, há um legado envolvido – e a Morte, impaciente, quer fechar a conta.
Comentário:
Se “Premonição” sempre foi sinônimo de paranoia pop e mortes espetaculares, Bloodlines eleva tudo à enésima potência com um toque de herança maldita. O retorno de Tony Todd é arrepiante e digno de nota. A criatividade nas mortes beira o genial (ou o cartunesco, dependendo da sua dose de cinismo) e o filme entrega o que promete: um desfile de absurdos mortais que fazem você suspeitar do próprio micro-ondas. No final, é um lembrete do que o terror pode ser quando abraça o absurdo com estilo.
14. Nosferatu (Robert Eggers, 2024) – O Conde das Trevas Está de Volta
Elenco: Bill Skarsgård, Lily-Rose Depp, Willem Dafoe, Nicholas Hoult
Sinopse:
Um vampiro centenário, com sérios problemas de pele e aversão a dermatologistas, decide infernizar a vida de um casal inocente. Como se mudar para um castelo cheio de morcegos não fosse um alerta vermelho, eles logo percebem que seu novo vizinho tem hábitos noturnos bem questionáveis – e um gosto refinado por pescoços humanos.
Comentário:
Se O Homem do Norte e A Bruxa já mostraram que Robert Eggers sabe criar terror atmosférico, imagine o que ele faz com um dos vampiros mais icônicos do cinema? Visualmente hipnotizante, Nosferatu é um banquete sangrento recheado de poesia.
15.Rua do Medo: Rainha do Baile (Fear Street: Prom Night, Matt Palmer, 2025) – O Terror Está de Ressaca
Elenco: India Fowler, Fina Strazza, David Iacono, Suzanna Son
Sinopse:
Shadyside, 1988. Lori Granger só queria ganhar a coroa do baile e escapar do estigma da família. Mas quando uma série de assassinatos começa a manchar as fitas VHS do colégio, ela descobre que a maldição da Rua do Medo ainda está de olho nos mais populares da escola.
Comentário:
Infelizmente, Prom Night soa mais como um episódio perdido de Riverdale do que como parte da trilogia cult da Netflix. Sem alma, sem identidade e com sustos tão previsíveis quanto boletim escolar no fim do trimestre, o filme tenta invocar o espírito dos anos 80 com neon e clichê, mas entrega um slasher genérico e desinspirado. Fina Strazza exagera no overacting e o resto do elenco parece estar em câmera lenta. Um passo em falso que nem mesmo a nostalgia consegue justificar.
16. Bloody Axe Wound (Daisy von Scherler Mayer, 2025) – Herança Maldita e VHS Sangrentos
Elenco: Sari Arambulo, Billy Burke, Sam Crane, Eddie Leavy
Sinopse:
Em Clover Falls, um serial killer mascarado toca o terror em adolescentes descolados – e vende os vídeos dos assassinatos na própria locadora. Quando sua filha resolve seguir os passos paternos, ela descobre que talvez matar seus colegas de escola não seja exatamente o sonho americano.
Comentário:
Bloody Axe Wound é como se Pânico fosse escrito durante uma ressaca e dirigido por um fã obcecado por Cemitério Maldito. A premissa é tão absurda que quase se torna genial – quase. Falta coragem para abraçar completamente a galhofa, e a crítica sobre legado familiar fica perdida entre cenas de esguichos de sangue e diálogos que parecem saídos de um clipe do My Chemical Romance. Ainda assim, os efeitos práticos são deliciosamente grotescos e a trilha sonora grita “anos 2000 com orgulho”. Uma bagunça divertida, mas nada que vá revolucionar o gênero.
17. Hell of a Summer (Billy Bryk & Finn Wolfhard, 2025) – A Slasher-Comédia Que Gosta Demais dos Próprios Personagens (E de Astrologia)
Elenco: Fred Hechinger, Abby Quinn, Billy Bryk, Finn Wolfhard
Sinopse:
Um grupo de monitores de acampamento está pronto para mais um verão cheio de flertes, alergias e sessões de ouija improvisadas. Só que um assassino mascarado resolve transformar esse retiro juvenil em uma matança bem intencionada. Ou mal encenada.
Comentário:
Mais comédia de acampamento com sustos ocasionais do que um slasher de verdade, Hell of a Summer é o tipo de filme que você assiste sorrindo, mas sem lembrar muito bem do porquê. Wolfhard e Bryk demonstram carinho pelos personagens, e talvez até demais: ninguém ali parece estar realmente em perigo. A sátira funciona de vez em quando, os arquétipos são fofos (até a vegana astróloga), mas as mortes são esquecíveis e os sustos, pífios. É simpático, inofensivo, e tem coração – o problema é que, no fim das contas, falta sangue e sobra ensaio de teatro da escola. É quase um Wet Hot American Summer com trauma leve e zero urgência.
18. Drop (Christopher Landon, 2025) – Wi-Fi, Vinho e um Psico com AirDrop
Elenco: Meghann Fahy, Brandon Sklenar
Sinopse:
Violet, uma mãe solo cheia de traumas, decide voltar ao jogo dos encontros amorosos e aceita um jantar com um homem aparentemente encantador em um restaurante flutuante. Só que o que era para ser um encontro romântico vira uma experiência de sequestro digital. Um aplicativo chamado “DigiDrop” começa a enviar memes ameaçadores e comandos mortais direto para seu celular. Violet tem duas opções: matar ou morrer.
Comentário:
Christopher Landon mostra, mais uma vez, que sabe misturar terror, humor e crítica social com precisão. Drop é um thriller tech-noir recheado de paranoia contemporânea, onde cada notificação pode ser uma sentença de morte. Meghann Fahy brilha, carregando o filme nas costas com carisma e tensão. O roteiro flerta com o exagero, mas o ritmo afiado e o estilo oitentista com cara de “filme pipoca cult” compensam tudo. É o tipo de filme que te deixa rindo nervosamente enquanto bloqueia todo mundo no Bluetooth.
19. Get Away (Steffen Haars, 2025) – Férias Frustradas Versão Slasher
Elenco: Nick Frost, Aisling Bea, Sebastian Croft
Sinopse:
A família Smith achou que uma viagem à Suécia seria sinônimo de paz, cultura e belas paisagens. Mas entre rituais bizarros, anfitriões suspeitos e um festival que parece um aquecimento para um massacre, eles percebem que a verdadeira experiência nórdica envolve menos saunas e mais sangue, pânico e correria na floresta.
Comentário:
Nick Frost troca o humor afiado de seus clássicos (Todo Mundo Quase Morto, Heróis de Ressaca) por um folk horror com reviravoltas absurdas e um banho de sangue grotesco no terceiro ato. O filme entrega momentos hilários, mas às vezes parece mais um sketch de comédia estendido do que um terror bem estruturado.
20. Delicious (Nele Mueller-Stöfen, 2025) – Comer os Ricos Nunca Foi Tão Literal
Elenco: Valerie Pachner, Carla Díaz, Fahri Yardım, Caspar Hoffmann, Naila Schuberth
Sinopse:
Uma família rica alemã atropela uma jovem misteriosa na França e a acolhe na casa de campo. Mas o que parece um gesto de caridade se revela parte de um plano mais sombrio. No cardápio: culpa de classe, manipulação emocional e um toque de vingança gourmet.
Comentário:
Delicious é o típico prato que chega à mesa com uma apresentação impecável, mas falta tempero no meio. Visualmente deslumbrante, com simbologias poderosas e críticas afiadas à elite, o filme começa como Parasita e termina mais como um episódio conceitual de Chef’s Table com roteiro do Lars von Trier em jejum criativo. Ainda assim, vale pela beleza estética e pela interpretação de Carla Díaz, que transforma sua personagem em um misto de mártir e justiceira social.
21. Screamboat (Steven LaMorte, 2025) – O Rato Mais Mortal da História do Cinema
Elenco: David Howard Thornton, Allison Pittell, Tyler Posey
Sinopse:
Num ferry boat turístico, um rato mascarado enlouquece e transforma o local em um parque temático do pesadelo. Passageiros vestidos como personagens da Disney são massacrados com arames, garfos e harpoons enquanto o serial killer – que se veste como um Steamboat Willie corrompido – encena seu próprio musical homicida.
Comentário:
Screamboat é o tipo de filme que parece uma piada interna estendida até virar arte. Com sangue, piadas infames, deepfakes toscos e um espírito anárquico de sessão da meia-noite, o longa entrega tudo o que o título promete: gritaria e absurdos náuticos. David Howard Thornton encarna o rato como um anti-Mickey que saiu direto de um pesadelo ácido. Não é cinema elevado, mas é diversão garantida com a vibe de um VHS maldito que você encontrou numa feira. Um slasher de copyright e caos.
22. Presença (Presence, Steven Soderbergh, 2024) – Assombração Minimalista e Gelada
Elenco: Lucy Liu, Julia Fox, Chris Sullivan, Lucas Papaelias
Sinopse:
Uma família se muda para uma casa nova, mas logo percebe que não estão sozinhos. Barulhos inexplicáveis, presenças invisíveis e aquela sensação de que sempre tem alguém observando… Se mudar nunca foi tão aterrorizante.
Comentário:
Steven Soderbergh, conhecido por transitar entre gêneros, entrega um terror psicológico lento e assombroso. Se você gosta de terror atmosférico, daqueles que vão escalando até um final de gelar a espinha, Presence é um prato cheio. Leia a análise completa.
Em atualização…
*21 de junho
*6 de abril
*9 de março