Quer saber o que acontece no final do filme Bom Menino?
O terror indie de Ben Leonberg usa um truque que funciona melhor que jumpscare de madrugada: contar tudo pelos olhos do cão. Todd herda a casa isolada do avô e se muda com seu melhor amigo, Indy. No porão, há uma caverna (sim, dentro de casa — imobiliária não avisou), e pela casa rasteja uma sombra que parece sugar a vitalidade de Todd. Do ponto de vista do cachorro, a realidade fica sempre meio turva: o que é sobrenatural… e o que é só a forma que um animal encontra pra entender a doença do humano?
Sinopse de Bom Menino (Good Boy)
Todd e Indy deixam a cidade e vão para o casarão do avô. Coisas ruins começam a acontecer (padrão casa de herança): sombras no corredor, ruídos no porão, figura no breu, e um Todd cada vez mais fraco, irritadiço e distante. Indy fareja o perigo (literalmente), tenta alertar, mas Todd não enxerga o que o cão vê. O passado da casa também pesa: o avô de Todd definhou ali… e havia outro cão antes de Indy.
Final explicado Bom Menino: como acaba?
Vamos lá.
Todd tem um mal súbito (a abertura já dá pistas com a convulsão no apê). O médico confirma: doença fatal sem tratamento eficaz. A “entidade” passa a arrastar Todd para a caverna do porão. Indy avança, luta, e num momento bonito de cortar cebola sem faca, consegue trazê-lo de volta por um instante. Todd entende: “você não pode me salvar”. Ele desaparece para a escuridão — seja levado pela “coisa”, seja pela doença que finalmente venceu.
Dias depois, a irmã de Todd chega, encontra o cenário e salva Indy, que estava prestes a repetir o destino do cão anterior: esperar eternamente pelo humano que não volta. Indy, obediente até o último frame, segue a última ordem (“vai”) e parte com ela. O filme encerra com o cão olhando a estrada pela janela, no luto, mas em movimento.
Qual o significado de Bom Menino
O filme é um conto de luto narrado por um cão. A “entidade” funciona em duas camadas:
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Sombra literal — um mal sobrenatural ligado à casa/família, que “leva” avô e neto.
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Metáfora da morte/doença — a forma como Indy “desenha” o que está acontecendo com Todd. É mais fácil imaginar um monstro do que compreender falência do corpo.
A caverna no porão vira o útero do fim: o lugar de onde ninguém retorna inteiro. A insistência em esperar o humano (o cão anterior morre ali) e a ordem final de Todd (“não me siga”) mostram o gesto de amor supremo: soltar a coleira. Good Boy não trata de “derrotar” o mal, mas de aprender a ir embora quando não há salvação.
Perguntas comuns (FAQ)
Todd morre?
Sim. A narrativa sugere que ele sucumbe à doença — a “entidade” é a linguagem visual do filme (vista por Indy) para esse processo.
A “entidade” existe mesmo?
O filme deixa ambíguo. Você pode ver como força sobrenatural (a casa/caverna, o avô, o cão anterior) ou como metáfora da morte. Em ambos os casos, o sentido emocional é o mesmo: separar Todd e Indy.
O que significam a caverna e o porão?
São o coração da casa (e do trauma). Um buraco primordial onde se entra vivo e sai ausência. É o espaço onde o cão anterior ficou preso ao luto — e onde Indy quase repete o ciclo.
O cachorro morre? O que acontece com Indy no fim?
Ele sobrevive e vai com a irmã de Todd. A imagem final indica tristeza, mas também a possibilidade de novo vínculo — que é tudo que um bom menino precisa para continuar.
Por que contar pelos olhos do cão?
Porque amor e ignorância caminham juntos: o cão sente tudo, entende pouco e mesmo assim ama por inteiro. Vendo por Indy, o terror vira tragédia íntima.
Leituras rápidas
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Tema central: luto, despedida, lealdade e o ato amoroso de deixar ir.
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Monstro x doença: não importa qual você escolha; o filme ganha força justamente por não explicar — como a morte costuma fazer.
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Última ordem: Todd salva Indy ao proibir o sacrifício. É o contrário do clichê “o cão me salvou”; aqui, o humano salva o cão de morrer esperando.
Resumo do final (para mandar no grupo)
Todd é tomado (pela doença/entidade) e morre na caverna. Indy tenta salvá-lo, mas ouve a ordem final: “não me siga”. A irmã encontra Indy, e ele vai com ela. Bom Menino termina triste, porém honesto: às vezes o ato de amor é aceitar o adeus.
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