Final Explicado o mal que nos habita

Final explicado O Mal que Nos Habita: por que Pedro faz o impensável e quem realmente “vence”

Quer saber o que acontece no final de O Mal que Nos Habita?

Demian Rugna assina um terror sem freio de mão: demônio como vetor biológico e cultural, contágio por proximidade, somado a decisões humanas péssimas. Se você achava que “é só chamar o padre”… este filme te dá um abraço gelado e um tapa de realidade.


Sinopse da obra

No interior argentino, os irmãos Pedro e Jimi encontram indícios de um exorcista morto e um “apodrecido”: Uriel, homem possuído em estado terminal. Em vez de seguir os protocolos, os caras decidem remover o corpo (ideia nível “não faça isso em casa”), espalhando o mal. A contaminação escala: fazendeiros, animais, crianças, todo mundo vira condutor. Pedro tenta salvar a família (ex-esposa Sabrina, os filhos Jair e Santino), busca ajuda da caçadora Mirta, mas o demônio joga xadrez 5D enquanto os humanos brincam de dama.


Final explicado O Mal que Nos Habita: como acaba?

Vamos lá.

  • Plano “acaba logo com Uriel”: Mirta identifica que o foco ainda pulsa em Uriel. Ela e Pedro chegam a uma escola onde o possuído manipula crianças. O equipamento para neutralizá-lo é destruído; Mirta é morta.

  • Pedro mata Uriel — e nada muda: golpear o hospedeiro não remove o mal difuso.

  • Colapso familiar: Jimi testemunha Sabrina devorando o próprio filho, atropela a ex-cunhada; a mãe dos irmãos morre.

  • A revelação em Jair: de volta ao campo, Pedro tenta cuidar de Jair (autista), que tosse algo do além. Ele puxa cabelos grisalhos e o pingente da avó da garganta do garoto. Tradução: o demônio está dentro de Jair.

  • O ato extremo: Pedro impede Jimi de entrar, acende a lareira e… queima o corpo do filho para romper a cadeia de contágio. A chaminé fuma; Pedro desaba.

  • Quem vence? O mal. Pedro sobrevive, mas perde tudo. O filme encerra na derrota moral do herói e na vitória sistêmica do demônio.


As “regras” do possuído: por que todo mundo quebra?

A mãe recita mandamentos práticos (o filme as espalha ao longo da trama):

  1. Nada de luz elétrica; 2) não ficar perto de animais; 3) não pegar objetos ligados ao possuído; 4) não ferir; 5) não chamar o mal pelo nome; 6) não usar armas de fogo; 7) não ter medo (Mirta completa: o demônio se alimenta do medo).
    Quase todas são violadas. Resultado: contágio, histeria, mortes em cascata.


Por que Pedro mata o próprio filho?

Porque o filme trata a possessão como praga infiltrativa: sinais físicos (cabelo, pingente engolido) provam que Jair virou nódulo ativo do mal. Sem ritual possível, restam método e fogo. É a lógica brutal do universo de Rugna: quando as regras são quebradas, não há cura, apenas contenção. O gesto é pavoroso — e coerente com as regras internas do filme.


O que o fogo significa aqui?

Fogo é purificação e aniquilação. Queimar roupas no início tenta “limpar” traços do mal; no clímax, queimar Jair é último recurso. O símbolo vira faca de dois gumes: o mesmo elemento que promete limpeza cobra sacrifício.


E o medo?

No universo do filme, medo é combustível demoníaco. Quanto maior o pânico, mais vazios psíquicos o mal encontra para se propagar. Por isso a última regra — “não tema” — é impossível de cumprir… e exatamente por isso o demônio vence.


Tema central: o mal como sistema, não como “caso isolado”

  • Contágio social: decisões toscas (mover Uriel, atirar em bicho possuído) aceleram a crise.

  • Vulnerabilidades: o filme comenta como corpos e mentes fora do “padrão” (crianças, gestantes, autistas) viram atalhos para o mal — uma leitura dura sobre fragilidade e medo alheio.

  • Instituições impotentes: sem igreja, estado ou ciência eficazes, sobra o improviso. E o improviso custa caro.


Perguntas rápidas

Mirta consegue ajudar? Até certo ponto. Ela identifica regras e foco, mas morre, e o aparelho é destruído.
Matar o hospedeiro resolve? Não. Se as regras já foram violadas, o mal permeia e pode migrar.
O demônio tem nome? O filme evita fixar um; nomear é dar poder (e quebrar regra).
Há esperança? Só a mais cruel possível: sobreviver sabendo que perdeu.


Onde assistir

Título distribuído internacionalmente no Shudder e, no Brasil, alterna entre aluguel e streaming conforme janelas (atualmente disponível na Netflix). Busque por “O Mal que Nos Habita / When Evil Lurks (2023)” no seu agregador para checar disponibilidade atual.


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