Quer saber o que acontece no final de Piscina Infinita, o polêmico filme com Alexander Skarsgård e Mia Goth que chegou aos streamings? Prepare-se para uma viagem perturbadora sobre clones, turismo de assassinato e a completa erosão da humanidade diante da impunidade.
Dirigido por Brandon Cronenberg (sim, filho de David Cronenberg), Piscina Infinita mistura body horror, sci-fi e sadismo numa crítica violenta à elite que paga para brincar de Deus — e sair impune.
Sinopse de Piscina Infinita
James (Skarsgård) é um escritor fracassado, hospedado com a esposa Em (Cleopatra Coleman) num resort de luxo no país fictício de Li Tolqa. Quando eles conhecem a enigmática Gabi (Mia Goth), são levados a um passeio fora da área permitida. De volta, James atropela e mata um agricultor local.
Preso, ele descobre que a punição no país é a morte — mas existe um plano B: os turistas podem pagar para criar um clone seu, que será executado em seu lugar. E o melhor (ou pior): o verdadeiro precisa assistir.
Explicação Piscina Infinita: O que acontece com James?
Vamos lá.
Depois de ver seu clone ser morto e não sentir absolutamente nada, James entra em espiral. Em, horrorizada, decide ir embora. Ele finge ter perdido o passaporte — mas esconde de propósito. Porque quer ficar.
Sem Em, James mergulha num ciclo de decadência com Gabi e seu grupo de turistas psicopatas que retornam a Li Tolqa todos os anos para matar, torturar e assistir seus próprios clones sendo punidos por seus crimes.
No clímax, Gabi apresenta a James um novo clone — desta vez, um “cão” domesticado, criado apenas para ser morto por ele. James hesita, mas acaba matando brutalmente sua cópia. Depois disso, Gabi o “amamenta” com o peito coberto de sangue, num ritual grotesco de renascimento.
No final, todos voltam para casa como se nada tivesse acontecido. Menos James.
Por que James decide ficar?
Porque não há mais volta.
Na última cena, vemos James sentado sozinho, sob a chuva, na estrutura vazia do resort. Não consegue mais fingir que é uma pessoa comum. Li Tolqa destruiu qualquer resquício de moral que restava — ou talvez tenha apenas revelado o que já estava dentro dele.
Alguns interpretam que James ficou traumatizado. Outros acreditam que ele é apenas mais um clone vazio, incapaz de retornar à civilização. Seja qual for a versão, o recado é claro: dado o poder e a impunidade, até o mais inofensivo entre nós pode se tornar um monstro.
Quem são Gabi e seus amigos?
São turistas ricos que vão a Li Tolqa para cometer crimes sem consequência. O país criou uma economia baseada no “dublê da morte”: você paga, clona, e assiste seu clone ser executado por seus crimes. A diversão é justamente a ausência de culpa.
Gabi, sedutora e sádica, mira James como seu novo brinquedo. Primeiro o seduz, depois o humilha e, por fim, o transforma num deles. James se torna o animal que ele mesmo dizia não ser.
James sempre foi mal ou foi corrompido?
A resposta mais incômoda: talvez ele sempre tenha sido assim — só precisava de um empurrão. Ele não veio de uma vida rica. Ele vivia do dinheiro da esposa. Ao descobrir um mundo onde poderia ser poderoso, cruel e impune… ele se revelou.
O arco de James é uma alegoria brutal sobre como a riqueza, a impunidade e a ausência de limites revelam o pior da natureza humana.
Qual o significado de Piscina Infinita?
A “piscina infinita” é um símbolo. Uma metáfora para o ciclo eterno de desejo, ego e decadência. Um espaço onde as consequências são ilusórias e a identidade é fluida — como a água.
No fim, a piscina continua ali, imperturbável, como o ciclo dos turistas que voltam ano após ano para se perderem mais um pouco.
E é isso.
Piscina Infinita está disponível em plataformas digitais. Prepare-se para se sentir sujo depois — e talvez um pouco fascinado também.

