Prepare o seu coração romântico, porque Richard Gere acaba de jogar um balde de água fria em quem acreditava que Uma Linda Mulher era um conto de fadas moderno saído direto do coração dele. Em uma declaração digna de um tapa com luva de pelica na indústria das comédias românticas, o galã eterno revelou que só topou o papel porque… bom, estava precisando pagar uns boletos.
Sim, você leu certo. O homem que virou sinônimo de “homem dos sonhos” ao lado de Julia Roberts basicamente olhou para o roteiro, deu um suspiro entediado e pensou: “Quanto é que paga mesmo?”
A revelação veio em uma entrevista para a Movieline, e aqui vai o suco azedo da verdade: “Pretty Woman é algo que eu nunca teria feito. Nem A Força do Destino. Eu não tinha o menor interesse nesses roteiros.” Um beijo para os fãs de rom-com que acabaram de ouvir o som do próprio coração sendo partido ao meio.
Quando o glamour encontra o desespero
Na época em que o convite para Pretty Woman apareceu, Gere confessou que sua carreira estava num momento… digamos, offline. Ele havia se autoexilado de Hollywood para “fazer outras coisas” (tradução: ninguém mais queria saber dele nos grandes papéis). Resultado? Teve que engolir o orgulho e rastejar de volta para os holofotes.
“Eu ferrei com minha carreira até o ponto em que ninguém mais dizia: ‘Vamos chamar o Gere pra isso’”, disse ele, com a sinceridade de quem sabe que o aluguel não se paga com integridade artística.
E foi aí que entrou Pretty Woman, aquele filme fofinho que fez todo mundo acreditar que até uma prostituta pode encontrar o amor verdadeiro… com um bilionário que basicamente comprou o seu tempo. Hollywood, sempre tão realista.
O amor (ao cachê) está no ar
Gere ainda tentou salvar um pouco da própria pele, dizendo que, ao entrar no projeto, viu que poderia “trazer algo de si mesmo para o personagem” e que a falta de pressão por ser um filme “importante” lhe deu liberdade artística. Claro, claro. Quem nunca teve uma epifania artística entre uma cena de banheira e outra de compras na Rodeo Drive?
Mas sejamos justos: ele se divertiu no processo, encontrou uma nova forma de atuar e, de quebra, garantiu um lugar permanente nos corações das vendedoras de shopping dos anos 90. O que começou como um “trabalho de aluguel” virou um fenômeno cultural — e ainda rendeu uma reunião com Julia Roberts em Noiva em Fuga, porque, como diria o capitalismo, nunca é tarde para repetir uma fórmula lucrativa.
Amor? Só se for ao dinheiro
Enquanto você chorava com a cena do colar e torcia para o final feliz, Richard Gere estava contando os zeros no cheque. E quer saber? Está tudo bem. Pelo menos agora você sabe que o príncipe encantado de Hollywood também faz bico quando a conta de luz vence.
E se isso não é a coisa mais romântica que você vai ler hoje, eu não sei o que é.