Disponível na Netflix, O Mal Que Nos Habita é o tipo de filme que não só acredita no inferno — ele te convida pra morar lá por 100 minutos sem direito a luz elétrica. Esqueça padres de batina e crucifixos reluzentes: aqui o demônio chega de caminhonete, o exorcismo é feito com bala de chumbo e a salvação depende de você não acender a luz, não atirar e não pronunciar nomes. Basicamente, é o manual de “coisas que você com certeza vai fazer antes de morrer num filme de terror”.
Onde assistir O Mal Que Nos Habita?
-
Netflix: exclusivo no catálogo brasileiro, com legendas, dublagem e zero advertência de trauma psicológico (boa sorte).
-
Outros serviços: o diabo ainda não liberou pra aluguel digital — então é Netflix ou penitência.
Sobre o que é o filme?
Doentio, brutal e perturbador, o longa do argentino Demián Rugna (Aterrados) começa como um drama rural e rapidamente desce ladeira rumo ao inferno. Dois irmãos, Pedro e Jimi, descobrem um corpo apodrecido possuído por algo que não devia existir — e fazem o que todo personagem de terror faz: a pior escolha possível.
O resultado? Uma infestação demoníaca que se espalha como vírus. A possessão vira epidemia. O mal se multiplica. E o espectador aprende que o verdadeiro horror não está na fé, mas na estupidez humana.
Por que todo mundo está falando desse filme?
Porque O Mal Que Nos Habita faz o que a maioria dos filmes de terror promete e não entrega: ele assusta pra valer.
-
Tem cenas que fariam o James Wan pedir um tempo.
-
Crianças e animais são vítimas sem filtro — Rugna não tem medo de cruzar a linha.
-
O clima rural argentino transforma o campo em purgatório, e cada som parece um presságio de desgraça.
É como se O Exorcista tivesse sido dirigido por um fazendeiro argentino com acesso a metralhadoras e zero paciência pra doutrina católica.
O que funciona (e o que traumatiza)
✅ Atmosfera: um pesadelo de poeira, sangue e desespero — filmado com realismo doentio.
✅ Efeitos práticos: viscera, pus e maquiagem que parecem feitos com carne de verdade.
✅ Ritmo: os primeiros 40 minutos são puro terror físico e psicológico.
❌ Roteiro elástico: as regras do mal mudam mais que a taxa Selic.
❌ Terceiro ato apressado: parece que o inferno fechou mais cedo.
Mesmo assim, o impacto é inegável: Rugna não dirige cenas, ele encena traumas.
Trailer de O Mal Que Nos Habita
Assista, mas de preferência com as luzes acesas e um copo de água benta por perto.
Vale a pena assistir?
-
Sim, se você quer um terror que realmente incomoda — sem jumpscare de aplicativo, só pavor cru.
-
Não, se você acredita que filmes de possessão devem ter moral, redenção e final feliz.
-
Talvez, se você é daqueles que gostam de sofrer com estilo e discutir simbolismo demoníaco depois do café.

