Se você pesquisou onde assistir Psicose, o aviso é simples: o filme está disponível no Globoplay. Agora o alerta: prepare-se para entrar no chuveiro mais famoso — e mais traumatizante — da história do cinema.
Dirigido por Alfred Hitchcock, Psicose não é só um filme, é um ato de sabotagem psicológica contra o público. É aquele tipo de obra que começa como um suspense sobre dinheiro roubado e termina com você duvidando da própria sanidade.
E sim, o assassino Norman Bates foi inspirado em alguém real: o assassino Ed Gein, o mesmo que virou tema da série Monstro: A História de Ed Gein na Netflix — a versão moderna e mais perturbadora do mesmo pesadelo.
Onde assistir Psicose (1960)?
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Globoplay – disponível no catálogo de clássicos, com som remasterizado e aquele preto e branco mais afiado que o cutelo de Norman Bates.
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Dica de sobrevivência: evite banhos noturnos logo depois da sessão.
Sobre o que é Psicose?
Marion Crane (Janet Leigh) comete um deslize clássico: rouba dinheiro, foge da cidade e se hospeda num motel isolado. Até aí, tudo bem — até o gerente aparecer. Norman Bates (Anthony Perkins) é simpático, tímido, e vive com a mãe numa casa gótica que parece ter saído de um pesadelo freudiano.
O resto é história. Ou melhor: a história que redefiniu o terror moderno.
A famosa cena do chuveiro — 78 cortes, 52 tomadas e nenhuma facada explícita — é o exemplo máximo de como Hitchcock transformava sugestão em horror.
O Monstro Que Veio Antes do Monstro
Norman Bates é a ponte perfeita entre a ficção e a realidade. Hitchcock baseou sua criação nas atrocidades cometidas por Ed Gein, o “Carniceiro de Plainfield”, um fazendeiro americano que escavava cadáveres, vestia pele humana e usava caveiras como decoração.
Essa conexão direta deu origem à linhagem inteira de psicopatas cinematográficos — de Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica) a Buffalo Bill (O Silêncio dos Inocentes).
Décadas depois, Ryan Murphy retomaria a história no formato série com Monstro: A História de Ed Gein, mostrando o quanto o horror real ainda fascina — e repulsa — Hollywood.
Por que Psicose é um marco?
Porque Hitchcock enganou todo mundo. Matou a protagonista na metade, trocou o ponto de vista, e fez o público torcer pelo assassino.
E quando o corpo afundou no pântano, o público respirou aliviado — o que significa que todos nós, por um breve momento, fomos cúmplices de Norman Bates.
Além disso, o filme mostrou que o terror podia ser elegante, inteligente e ainda assim brutal. E que o medo mais profundo não vem de monstros sobrenaturais — vem da nossa própria mãe.
Vale a pena assistir hoje?
Sim. Mil vezes sim. Psicose continua atual, provocante e absurdamente eficiente. O preto e branco só torna tudo mais claustrofóbico.
Anthony Perkins está perfeito: doce, inquietante e tão humano que chega a ser pior do que qualquer vilão de máscara.

