Será que vale a pena ver o filme da Temperatura Máxima de hoje? Depende: você está emocionalmente preparado pra assistir a humanidade descobrir, pela 38ª vez, que o verdadeiro vilão do Titanic não é o iceberg — é o ego?
A Globo exibe “Titanic” na Temperatura Máxima neste domingo, 28/12/2025, logo após “Roberto Carlos – Noite Feliz” (horário costuma ser por volta de 14h20, mas pode variar por praça).
Sobre o que é Titanic?
É simples: um artista sem um tostão (Jack) entra no navio mais caro do mundo e se apaixona por uma herdeira engaiolada (Rose) que está prometida a um noivo com carisma de porta de cofre. Aí vem o “plot twist” que ninguém viu (exceto o planeta inteiro): o navio encontra um iceberg e decide testar a teoria do “vai dar tudo certo”.
O charme bizarro aqui é que James Cameron filma romance como quem filma guerra: tudo é épico, tudo é grande, tudo quer te esmagar de emoção — e, quando você acha que já sofreu o suficiente, ele joga água gelada na sua cara (metaforicamente… e literalmente).
Para quem é?
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Pra quem curte romance grandioso com desastre premium, tipo “amor em modo IMAX”.
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Pra quem gosta de drama de classes com vestido, champanhe e gente rica descobrindo que dinheiro não compra bote salva-vidas.
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Pra quem quer um filme que mistura novela, espetáculo e tragédia histórica sem pedir licença.
Evite se:
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Você não tem paciência pra filmes longos e acha que “três horas” é uma agressão pessoal.
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Você tem alergia a melodrama bem servido.
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Você odeia quando um filme faz você falar “pô…” olhando pro nada por uns 10 minutos.
Quem está no elenco?
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Leonardo DiCaprio (Jack): o “pobre charmoso” em fase pré-mito, antes de virar máquina de meme e Oscar.
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Kate Winslet (Rose): entrega a alma com uma elegância que humilha meio elenco de cinema romântico até hoje.
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Billy Zane (Cal): o noivo que parece ter sido criado em laboratório pra representar “chato com dinheiro”.
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Kathy Bates (Molly Brown): a verdadeira MVP do navio — cada cena dela é um “respira, querida”.
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Bill Paxton: o cara que te lembra que, sim, isso também é um filme sobre obsessão e memória.
(Elenco e ficha do filme são aquela aula prática de “como escalar um épico sem economizar em talento”).
Veredicto: Titanic é bom?
É bom pra caramba — e também é um exagero glorioso. Assistir a Titanic é como entrar num restaurante onde tudo vem em porção família: o romance é gigante, o desastre é gigante, o trauma coletivo é gigante.
Cameron não tem medo de ser “demais”. Ele pisa no acelerador do sentimento com a delicadeza de um caminhão, mas o resultado funciona porque ele entende espetáculo como poucos: você compra o casal, compra o pânico, compra o navio como personagem. E, quando afunda, não é só metal que vai pro fundo — é a sua estabilidade emocional também.
Vale o play? Vale. Mesmo que você já saiba cada vírgula, Titanic ainda acerta onde dói: no coração, na vaidade humana e naquela ideia ridícula de que a gente controla tudo.
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