critica amor e outras drogas

Clube do Filme CdB #31 | AMOR E OUTRAS DROGAS: quando a pílula azul encontra a química perfeita

Entre Prozac e Zoloft, entre Viagra e brochada, entre independência e entrega, Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, 2010) surge como aquela comédia romântica que flerta com o cinismo mas acaba se rendendo ao clichê — e, por incrível que pareça, funciona.

Nos anos 90, Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um mulherengo que troca a carreira na medicina por uma vida vendendo eletrônicos, até ser demitido e cair no submundo glamuroso das big pharmas. Trabalhando para a Pfizer, Jamie se torna um dos vendedores responsáveis por empurrar tarjas pretas e, principalmente, a pequena pílula azul que mudaria a história do sexo (e da comédia, convenhamos).

No meio dessa vida hedonista, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma mulher independente, sarcástica e, aparentemente, adepta do sexo sem compromisso. Claro que esse jogo não dura muito: logo, os muros desmoronam e surge um romance vulnerável, cheio de inseguranças, mas embalado por uma química que beira o irresistível. Hathaway brilha tanto que até as cenas de nudez parecem parte orgânica da personagem, não mero fan service.

O longa, adaptado do livro Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman, poderia ter descido fundo nos podres da indústria farmacêutica, mas escolhe o caminho da leveza e do escapismo. Ainda assim, entrega diálogos afiados, personagens carismáticos e uma narrativa que prende. O problema? O final breguinha que parece saído de uma cartilha de comédia romântica dos anos 90 — daqueles que fazem você revirar os olhos, mas ainda assim suspirar.

A pergunta que não quer calar:
Amor e Outras Drogas é uma crítica disfarçada sobre a big pharma… ou apenas mais uma love story que funciona porque Hathaway e Gyllenhaal transbordam química?

Já assistiu ao filme? Comenta aqui: você compraria o romance deles sem a “pílula azul” da química entre os atores?

⚠️ Importante: não exibimos o filme durante a live.

A proposta aqui não é pirataria, é debate cinéfilo com personalidade. A experiência funciona assim: você assiste ao filme por conta própria e depois cola com a gente no YouTube para trocar ideias, levantar teorias, rir, discordar e até brigar (com carinho) sobre o que assistiu.

Clube do Filme CdB | O espaço para falar (e surtar) sobre cinema

Toda segunda-feira, às 20h, o Cinema de Buteco abre as portas virtuais para o Clube do Filme CdB — uma live dedicada a discutir o filme da semana com análises afiadas, provocações divertidas e, claro, muita interação com o público.

O Clube do Filme CdB nasceu da vontade de transformar a paixão por cinema em uma conversa aberta, quase como aquela mesa de bar depois da sessão em que todo mundo acha que entendeu melhor o filme que o outro.

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