Ella Purnell: quem é a atriz que virou o rosto do novo entretenimento adulto-pop

19 de dezembro de 2025 4 min read

Ella Purnell deixou de ser “promessa britânica” faz tempo. Em 2024 e 2025, ela se consolidou como um dos rostos mais reconhecíveis (e comentados) do streaming moderno — transitando com naturalidade entre terror psicológico, ficção científica, animação adulta e drama ácido. Se você sente que está vendo Ella Purnell “em todo lugar”, não é impressão: é estratégia de carreira bem executada.

Quem é Ella Purnell?

ella purnell Ella Summer Reed Purnell nasceu em 17 de setembro de 1996, em Londres, e começou a atuar ainda criança, passando pelo teatro do West End e por filmes de peso como Never Let Me Go (2010) e Maleficent (2014), onde interpretou a versão jovem da personagem de Angelina Jolie. Desde cedo, seu perfil fugia do óbvio: menos estrela infantil açucarada, mais presença inquieta.

Da promessa ao protagonismo (sem pedir permissão)

O ponto de virada veio quando Ella passou a escolher projetos menos previsíveis. Em vez de tentar virar “heroína de franquia tradicional”, ela investiu em personagens moralmente ambíguos, emocionalmente instáveis e narrativamente complexos.

Em Yellowjackets, sua Jackie é o retrato perfeito da liderança que apodrece por dentro.
Em Arcane, como a voz de Jinx, ela entregou uma das performances mais elogiadas da animação recente — caótica, trágica e memorável.
Em Fallout, como Lucy MacLean, virou o ponto de empatia de uma série brutal, cínica e violenta, equilibrando inocência e sobrevivência.
Em Sweetpea, além de protagonista, atuou como produtora executiva, assumindo controle criativo e narrativo.

Ella Purnell não “caiu” em boas séries. Ela se posicionou nelas.

Por que Ella Purnell está em alta agora?

Existem três motivos claros para o nome Ella Purnell explodir em buscas:

Domínio do streaming premium
Amazon Prime Video (Fallout), Showtime (Yellowjackets), Netflix (Arcane), Starz/Sky (Sweetpea). Poucas atrizes da mesma geração ocupam tantos polos relevantes ao mesmo tempo.
Personagens femininas fora do manual
Nenhuma de suas personagens existe para agradar. Elas erram, fracassam, manipulam, sofrem — e seguem interessantes mesmo quando desagradáveis.
Transição consciente para bastidores
Ao virar produtora em Sweetpea, Ella sinaliza algo importante: ela não quer apenas atuar, quer decidir.

Ella Purnell em Fallout: o papel que a apresentou ao grande público

Embora já fosse conhecida por públicos específicos, foi Fallout (2024–presente) que transformou Ella Purnell em nome mainstream. Lucy MacLean é uma protagonista rara: otimista sem ser ingênua, forte sem virar caricatura, empática sem ser passiva. O sucesso da série colocou Ella definitivamente no radar de premiações e grandes estúdios.

Não por acaso, ela venceu o Madame Figaro Rising Star Award no Canneseries e entrou em campanhas de Emmy.

Voz, corpo e controle emocional: o diferencial

Um dos aspectos menos óbvios — e mais importantes — da carreira de Ella Purnell é sua voz. Em Arcane e Star Trek: Prodigy, ela provou que consegue sustentar personagens complexas apenas com interpretação vocal. Isso amplia enormemente seu alcance na indústria, especialmente em animação adulta e games.

Vida pessoal (o mínimo necessário)

Ella divide seu tempo entre Londres e Los Angeles, evita superexposição e já declarou não ter interesse em “fama como objetivo final”. Seu discurso público gira mais em torno de crescimento pessoal, escolhas conscientes e impacto social — incluindo ativismo contra casamentos forçados e violência baseada em honra, pauta que ela apoia desde 2016.

Filmografia essencial para começar agora

Se você quer entender por que Ella Purnell virou um nome forte de busca, comece por aqui:

Fallout (série, 2024–)
Yellowjackets (série, 2021–)
Arcane (série animada, 2021–2024)
Sweetpea (série, 2024–)
Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children (2016)

O que vem a seguir?

Com projetos em pós-produção e pré-produção, incluindo cinema independente e comédia de humor ácido, tudo indica que Ella Purnell caminha para um estágio raro: longevidade criativa. Não é uma atriz em busca de blockbuster — é uma artista construindo relevância.

E isso, hoje, vale mais do que fama instantânea.